Como
governar “cabeças de Picardia”. Recorrer à oração, esse “pára-raios tão
maravilhoso”.
Chaville,
17 de junho de 1868
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
É bem possível que, com os calores extremos
fazendo as cabeças de Picardia de seus jovens, cabeças naturalmente pouco
fáceis de se governar, haja um pouco de efervescência entre elas, mas pedirá a
Deus, que lhe inspirará prudência, humildade, paciência, para desviar os
temporais. A oração é um pára-raios tão maravilhoso! Procure colocar bem todas
as coisas e dispor os espíritos entre seus irmãos e entre seus jovens, para
que, na sua ausência, nada se desfaça do pouco de bem e de progresso que pôde
obter. Se puder (mas é somente um se), procurarei liberar o Sr. Bérard do
serviço dos perseverantes, para trocá-lo com algum de seus irmãos que tivesse
menos iniciativa e experiência do que ele. A coisa é ainda tão incerta,
que peço-lhe para não falar nada sobre isto por enquanto.
Escrevo algumas linhas ao nosso irmão Victor
[Trousseau] e partilho a alegria que lhes causou a todos sua promoção ao
sub-diaconato.
Não me lembro mais se escrevi ao Monsenhor de
Amiens para lhe agradecer, tive a intenção.
Esses calores me cansam um pouco. Tenho, neste
momento, como que metade da memória apagada. Espero vê-lo no dia 25, sabe que é
sempre com alegria. Ainda não pensamos com continuidade em procurar-lhe um
companheiro; para muitos, essa viagem seria útil, mas as dificuldades nunca
faltam.
Adeus, caríssimo amigo, mil amizades ao Sr.
Caille e a todos, acredite bem nisso, você mesmo.
Seu amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Estamos cada vez menos inclinados a fazer
reconhecer administrativamente nossas instituições. Todas as coisas parecem mal
colocadas neste momento, é preciso ver mais claramente.
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