Conselhos a
um novo sub-diácono. O Sr. Le Prevost rezará para que se torne “um bom e santo
padre, um filho de São Vicente de Paulo, devorado pelo zelo da Casa do Senhor”.
Chaville,
em 17 de junho de 1868
Caríssimo filho em N.S.,
Quis escrever-lhe repetidas vezes, mas estou
tantas vezes nas estradas que minhas correspondências raramente estão em dia. Por ocasião da
passagem tão breve do Sr. de Varax por aqui, comecei uma epístola, cujas
primeiras linhas somente foram traçadas. Para não correr igual risco agora,
pego um pequeno, muito pequeno papel, bem decidido a não ceder a nenhuma
interrupção.
Alegro-me cordialmente com você, caríssimo
amigo, por seu exame satisfatório e, sobretudo, por sua promoção ao
sub-diaconato. É um passo decisivo, é uma segurança das graças especiais que
Deus lhe concedeu e de todas aquelas que lhe prepara ainda para lhe abrir o
caminho e, de graus em graus, conduzi-lo a esse término bem-aventurado, em que
tudo o que o Céu pode dar ao homem, como grandes e gloriosos privilégios,
poderosos meios para se santificar e santificar os outros, lhe será conferido
com uma cordial profusão.
Ande, portanto, com coragem, caríssimo amigo, e
continue a tornar-se cada dia mais digno de tantas misericórdias e tantos
favores. Tenha certeza de que, com os olhos do espírito, do coração sobretudo,
acompanho-o fielmente, pedindo a Deus e à Santa Virgem, de toda a minha alma,
para assistirem-no, para tornar-se um bom, um santo padre, um filho de São
Vicente de Paulo, repleto de virtudes e devorado, como ele, pelo zelo da Casa
do Senhor. Que coisa boa será para nossa pequena família, tão insuficiente para
suas messes espirituais que amadurecem a seu redor, quando puder enviar a
trabalhar um padre digno e fervoroso a mais! Alegro-me de antemão, temendo não
estar mais ali, quando tiver chegado o momento; ou, antes, vou pedir a Deus
para me guardar até esse momento nesta terra, para que possa, nesse dia de felicidade,
abraçá-lo e abençoá-lo.
Confio que o veremos algum tempo aqui, após a
volta do Sr. de Varax, e que poderá ter um pouco de descanso. Todos os nossos
irmãos o desejam comigo e todos o acolherão de braços abertos.
Adeus, meu caro filho, seja meu intérprete para
dizer aos nossos irmãos todos os meus sentimentos por eles, e acredite para
você mesmo em minha terna afeição em N.S.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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