Instruções
para a instalação e o bom andamento da comunidade de Roma. O Sr. Le Prevost
presta atenção ao que constitui o ordinário da vida de seus religiosos.
Vaugirard,
27 de junho de 1868
Meu caro filho em N.S.,
Bendigo a Deus que permitiu que não fosse
esmagado. Confio que Ele quis conservá-lo para que trabalhe para sua perfeição
e faça um pouco de bem para sua glória.
Mando-lhe, em anexo, a retificação que o Sr.
Vrignault, em conjunto com aqueles que fundam os Círculos de Roma, acertou no
que concerne à ordem e à conduta dessas obras. Precisa se ater a isso e não
aceitar outras condições. Essas pareceram essenciais entre todas. Usar modos
suaves para assentá-las, mas não fugir delas.
Consultarei o Conselho de nossa Comunidade na
segunda-feira, dia 29, sobre o pedido que faz de um irmão para ajudá-lo. Temos
poucos sujeitos capacitados de que possamos dispor. Será que, entre todos os
homens dedicados da Legião Romana, não há alguém de valor e de zelo suficientes
para se dedicar com vocês? Faria com vocês seu postulantado.
Insisto muito para que os Srs. Girard e Charrin
assinem desde já uma viatura para chegar, às noites, à Villa Strozzi; parece-me
que, às 10 horas da noite, as ruas de Roma não devem ser muito seguras.
Acho que o Sr. Charrin, com um pouco de
paciência, ocupará seu espaço nos Zuavos, sua autoridade se estabelecerá. Não
se fala muito dos membros da Comissão. Não se encontraram alguns bastante
dedicados para ajudarem útil e regularmente em seus Círculos,
como fazem aqui os Srs. membros de São Vicente de Paulo? Os membros de seu
Conselho de semana, de seu lado, não podem lhe prestar os serviços que os
dignitários prestam nos patronatos? Esses ajudantes seriam bem úteis e tomariam
duplamente interesse no sucesso dos Círculos.
Acho que deve, em primeiro lugar, cuidar
unicamente do seu Círculo e adiar outros cuidados concernentes à conferência e
ao patronato, para não abarcar coisas demais de uma vez.
Não entendo todos os trabalhos que empreende na
Villa Strozzi: soalhos, forros, etc. Essa casa está, então, em ruínas, e quem
pagará todas essas reformas? O proprietário? A obra que funda os Círculos? O
Comitê de Paris, neste último caso, consente em todas essas despesas? Acho que
está em regra sob esse aspecto.
Vejo com certa inquietação o projeto que tem
Monsenhor Bastide de estabelecer um sub-capelão na Villa. A não ser que seja
bem particularmente sociável e discreto, poderá incomodá-lo muito. Confiemos
que Deus cuidará disso, para que o bem que desejamos fazer não seja
comprometido. Em todo o caso, esse capelão deveria se limitar
estritamente à sua ação espiritual.
Junto aqui um pedido que dirijo à Sua Santidade
Pio IX, para obter licença de começar Matinas e Laudes às 2 horas no ano todo.
Ponha-o num envelope e queira entregá-lo a Monsenhor Nardi, recomendando-o aos
seus bons cuidados e apresentando-lhe meu profundo respeito.
Adeus, caríssimo amigo. Hoje, sábado, estou com
pressa, mas tomo ainda o tempo de assegurar todos de minha terna afeição e de
redizer-lhes que estão sempre presentes, já que nossos corações e nossos
espíritos não cessam de acompanhá-los particularmente diante de Deus.
Seu amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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