Inícios dos
Círculos de Roma (Círculo Saint Maurice). As saúdes parecem se restabelecer. O Sr.
Charrin deve escrever à sua mãe. Notícias diversas da França.
Chaville,
24 de agosto de 1868
Meu
caríssimo filho em N.S.,
Alegramo-nos
muito pela volta de suas saúdes, de que têm tanta necessidade para o serviço de
Deus e a causa do Santo Padre. Esperamos que os poucos mal-estares dos Srs.
Girard e Charrin logo se acabem, já que, pelos meados de setembro, nos dizem,
os calores diminuem sensivelmente.
Lemos
com um vivo interesse os detalhes concernentes à abertura do Círculo Saint
Maurice: os inícios fazem augurar bem para o futuro. Apoiemo-nos sempre em Deus
e não nos atormentemos demais por algumas más vontades ou diversidades de
vistas da parte de gente de fora, seja em Saint Michel, seja em Saint Maurice. Com
o divino Senhor e a Santa Virgem, e os Santos Padroeiros de seus círculos, e os
Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e, enfim, todos esses santos que têm um culto e
como que uma residência em Roma, que podemos temer? Coloquemos todos esses
poderosos apoios do nosso lado e superaremos todos os obstáculos. Parece-me que
se, em toda a parte, os cristãos devem andar em espírito de fé, deve ser
sobretudo o caso na capital do mundo católico, onde se vêem de mais perto as
tempestades que agitam o barco de Pedro e o poder invencível que o recoloca na calma.
O
Sr. Legentil lhe prestou conta, com muita exatidão, da distribuição de Saint
Charles. Queria lhe escrever a esse respeito, mas não tenho nada a acrescentar
ao que contou seu caro Presidente. Suas apreciações são justas e, em particular,
as marcas de simpatia e de afeição por você não têm nada de exagerado. O Sr.
Gresser vai bem, mas teme sempre as dificuldades do lado de sua família
e não ousa, até agora, dar o último passo. Não tem coragem de se entregar a
essa fé confiante, que se joga, de olhos fechados, nos braços do Pai Celeste.
Reze muito por ele aos pés dos Santos Apóstolos e nos altares da Santíssima
Virgem. Ele está visivelmente em sua via nas obras de dedicação; que o Senhor o
empurre, já que não ousa avançar sozinho.
Diga
ao meu irmão Charrin:
Há
já um certo tempo, sua excelente mãe me escreveu, inquieta e entristecida por
não ter ainda recebido uma só carta dele desde sua chegada em Roma. Respondi-lhe
para dar notícias de seu filho e lhe prometi que ia lhe escrever logo, há
várias semanas. Suas doenças me fizeram perder essa lembrança de vista. Sua
pobre mãe deve estar triste se nosso irmão Charrin não teve a inspiração de lhe
escrever. Que o faça sem nenhum atraso, se ainda não o fez e que, de vez em
quando, dê sinal de boa lembrança aos seus. Repreenda-o por sua preguiça para
escrever. É um verdadeiro defeito que, como cristão e religioso, deveria
corrigir.
Seus
aparelhos de ginástica devem ter partido no começo desta semana. Vou também
fazer levar ao Comitê dois pacotes de livros, que recebi para seu Círculo.
Infelizmente, as ocasiões para as remessas são raras agora.
O
Sr. Paillé lhe escreverá. Esteve, assim como o Sr. Lantiez e os outros, bem
sensível a seus votos por ocasião da festa de São Luís.
O
Sr. Vrignault está sempre em boas intenções. Está atualmente descansando em
Versailles, um pouco indisposto. Ficarei feliz se, como esperamos, realizar seu
projeto de próxima viagem.
Todos
os nossos irmãos vão bem, fora do Sr. [Pierre] Pialot, sempre muito débil.
Todos o asseguram comigo de suas e de minhas ternas afeições. Acolhemos sempre
com alegria as cartas que recebemos de você, de nosso irmão Girard. Seria a
mesma coisa com as cartas do irmão Charrin, se fizesse esforço para escrever
também algumas vezes.
Adeus,
meu caríssimo filho. Recebi os poderes que me mandou. Tenho também a medalha de
prata que recebera da mão do Santo Padre. Está amarrada ao pé de uma pequena
estátua de bronze de São Pedro, que me foi deixada por nosso irmão
Girard, antes de sua saída. Essas lembranças estão sob os meus olhos. Não
preciso delas para amá-los a todos no Coração de Nosso Senhor e para
recomendá-los fielmente a Ele cada dia.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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