Embaraço do Sr. Le Prevost, para vir em auxílio
à comunidade de Roma. Aviso sobre a prática da pobreza.
Vaugirard,
5 de setembro de 1868
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
O
retiro começará no dia 28 de setembro e terminará no sábado, dia 3 de outubro,
cedo. Parece que, dentro desse limite, convém para a maioria de nossos irmãos.
O R.P. Cotel me disse que, a partir do dia 20 de setembro, estaria à nossa
disposição. Escrevi-lhe que havíamos escolhido o dia 28 para a abertura. Não
acho que essa disposição sofra dificuldade alguma.
Levarei
em conta, se puder, sua observação a respeito das pequenas debilidades do irmão
Hubert, porque acredito que tem bastante fé e coração para se fortalecer com os
anos, e também porque uma moleza semelhante poderia não estar à altura das
abnegações que precisa praticar em Roma.
Os
zuavos voltaram, os dois Círculos funcionam. O Sr. Charrin está doente e
reduzido à inação, o Sr. Jean-Marie [Tourniquet] está entre os dois Círculos e
a casa do agente da Comissão, Sr. Descemet, ausente para várias semanas e que precisa
substituir várias vezes por semana nas audiências e informações, etc. que dá
aos militares. Essa situação é intolerável. O Sr. Jean-Marie, por telegrama, me
pede às pressas socorro. Respondo da mesma forma que o Sr. Emile [Beauvais] e
um outro vão partir daqui a alguns dias. Daí, grande embaraço para todos
os nossos serviços, para a direção, em particular, dos 27 aprendizes da casa de
Vaugirard que o Sr. Emile dirigia há um certo tempo. Os Srs. Myionnet e Lantiez
me perguntam se o Sr. Watelet poderia suportar essa função passavelmente
durante dois meses mais ou menos que pode durar a ausência do Sr. Emile, até
que o Sr. Girard, bem enfraquecido, esteja bastante restabelecido para retomar
seu lugar em Roma. O
que acha? Todos esses detalhes são para você e para o Sr. Caille.
Durante
as férias, de costume, o tempo do sono é um pouco prolongado, quando as funções
não impedem. Os irmãos não podem aceitar nada de suas famílias ou de outra
forma, senão condicionalmente. O que receberam pertence de direito absoluto à
Comunidade. Receberam para ela e não para eles, dispõe livremente das coisas
assim aceitas e atribui o uso a quem julga bom. Precisa estabelecer esses
princípios e os outros a respeito da pobreza, da obediência, etc. e fazê-los
executar na prática. Convém que o Sr. Hubert saiba isso. Você julgará se deve
guardar seu chapéu. Ele deve lhe entregar o dinheiro, que você lhe dará à
medida que achar poder fazê-lo. Não cedemos, tratando-se desses princípios. Se
foram ignorados, foi por surpresa ou sem sabermos. Há de ser tratado com
mansidão o irmão Hubert, jovem e ainda pouco forte, mas precisa, em direção,
esclarecê-lo e procurar fazer dele um homem, um cristão um pouco firme, um
religioso. Sua viagem em sua família terá tido o efeito inevitável dessas
excursões irregulares: um enfraquecimento, ao menos momentâneo, do espírito
religioso.
Faremos,
para seu pessoal, o melhor possível, mas estamos provados atualmente
pelas cargas de Roma. Cada um sentirá que devemos aceitar e partilhar
fraternalmente a graça que toda provação comporta consigo.
Adeus,
caríssimo amigo, ainda não sei se o retiro se fará em Vaugirard ou em Chaville. Vou
informá-lo. Mil afeições ternas a todos, ao Sr. Caille em particular, ou,
antes, em particular a cada um: todos nos são verdadeiramente caros em Jesus e
Maria.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
Para
o Sr. Trouille, como seria mais sábio que fizesse o retiro conosco e tomasse em
seguida um partido franco e nítido! As meias-medidas são defeituosas. Deus dá
graças superabundantes às vontades que se mostram generosas.
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