Pêsames por
ocasião do falecimento de sua esposa, que permaneceu durante 32 anos
partilhando sua vida. O Sr. Le Prevost faz apelo ao espírito de fé desse amigo
íntimo, profundamente cristão.
Vaugirard,
12 de setembro de 1868
Meu
caríssimo amigo,
Sua
primeira carta me fizera pressentir o golpe doloroso com que você e seus caros
filhos acabam de ser atingidos. Já você mesmo o temia, mas o coração nunca está
bastante preparado para tão duros sacrifícios. Parece, às vezes, que o bom
Mestre prova bem rudemente seus fiéis servos! Mas a quem se dirigirá para
levar com Ele a inevitável cruz que deve pesar sobre a humanidade culpada?
Poderíamos nos queixar de que nos prefira e nos dê testemunho da confiança que
tem em nós? A cruz, aliás, é sempre benfazeja, quando a aceitam como você,
gemendo sem dúvida, mas com um coração submisso. Um aumento de bens espirituais
lhe advirá assim como aos seus caros filhos e Deus, que lhe retira uma
consolação num apoio sensível, intervirá pessoalmente para cumular por sua
graça o vazio que Ele cavou. Sabe bem todas essas coisas, meu excelente amigo,
mas as repito, no entanto, para estar em sintonia com você e assegurar-lhe toda
a parte que tomo aqui em seus pensamentos e em seus sentimentos.
Ia
subir ao altar quando recebi sua carta. Levei na hora aos pés do Senhor suas
intenções pela querida alma que Ele chamou de volta a Si e por sua família
aflita, que sofre dolorosamente por estar, por um tempo, separada dela. A hora
da reunião virá, e será sem medo de novas rupturas.
Acredite
bem, meu caro amigo, em todos os meus sentimentos de terno devotamento, e
assegure também seus caros filhos de minha sincera afeição em N.S. e em sua Santíssima Mãe,
consoladora dos aflitos.
Le Prevost
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