Segunda
revisão das Constituições pelo Pe. Cotel. Inconvenientes de querer fazer uma
substituição provisória por um jovem eclesiástico que não pertence ao
Instituto.
Paris,
em 22 de dezembro de 1868
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Não
está ainda determinado o momento em que poderia efetuar minha viagem. Nosso
regulamento acaba de ser revisto pela segunda vez pelo R.P. Cotel. Precisa
recopiá-lo, é bastante extenso e exige algum tempo. Se experimentasse, do lado
do Arcebispado, algumas dificuldades, seria mais uma causa, ou de atraso, ou de
indecisão.
Não
posso perfeitamente julgar da conveniência para nós de pedir a ajuda do jovem
eclesiástico de quem me fala. Suas qualidades pessoais, suas aptidões,
suas disposições para com a Comunidade e suas obras deveriam contar grandemente
no sentimento que se teria a esse respeito e todas essas circunstâncias me são
desconhecidas. Seriam você e o Sr. Caille que poderiam, mais facilmente, ter
uma opinião nesse sentido.
Suas
funções essenciais sendo de dirigir, de sustentar a comunidade, um padre
estranho, jovem sobretudo, não o substituiria de forma alguma nesses pontos
essenciais. Na sua ausência, o Sr. Trousseau teria mais naturalmente influência
no que não seria propriamente o ministério eclesiástico. Os irmãos não poderiam
muito, salvo o caso de esse eclesiástico ter qualidades eminentes, dar-lhe, no
primeiro instante, confiança para a confissão. A utilidade dele, portanto,
seria praticamente apenas para a Santa Missa e, se soubesse, como se faz entre
nós, se prestar a tudo, ajudar em certas vigilâncias, ajudando os irmãos.
Não
poderia muito, além disso, tomar parte regularmente no conjunto dos exercícios.
Essas dificuldades se tornariam menores, se tivesse uma inclinação nítida para
nossa Comunidade. Mesmo assim, é duvidoso que um período transitório seria um
tempo bem escolhido para fortalecer essa boa disposição. Veja tudo isso com o
Sr. Caille. Estão, um e outro, melhor situados do que eu para bem julgar. O
ponto seguinte deve também ser considerado: a época em que poderei partir ainda
está bem pouco determinada, como lhe disse no início.
O
Sr. Paillé lhe escreveu que não podia fazer inscrever o Sr. Gérold para o
alistamento militar em Paris, já que não reside realmente ali. Você fez bem em
não dizer que fosse da Comunidade, por causa das circunstâncias que dizem
respeito ao nascimento. O Sr. Paillé assumiu o assunto como concernente a um
estrangeiro. Mas, a menos que residisse realmente aqui, não se pode fazer
passá-lo por habitante de Paris. Fazê-lo vir para essa necessidade particular
não seria sem dificuldades, se se quer manter na sombra os detalhes
particulares que lhe são conhecidos.
O
Sr. Chaverot juntará à remessa que lhe deve fazer a estola que pede.
Nada
de novo. Desde a saída do R. P. de Boylesve, enviado a Poitiers, nossos irmãos
eclesiásticos fazem, se revezando, a instrução à qual a Comunidade assiste a
cada quinze dias em
Vaugirard. Fazem-no com a satisfação de todos. Estamos
pensando um pouco que se poderia pedir a um deles o retiro do mês de maio, sob
a condição de reclamar o socorro dos RR. PP. para o do mês de outubro.
Fazemos,
este ano, a festa de São João sem convite para gente de fora.
Adeus,
meu excelente amigo e filho em
N.S. Assegure todos os nossos irmãos de minha terna afeição,
da qual você mesmo tem toda a parte que consentir em tomar.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
(Carta
escrita com pena animal)
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