O Sr. Le
Prevost agradece pela sua estada em Roma. Alegria por ter reencontrado os irmãos de
Paris.
Chaville,
24 de abril de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Cheguei
anteontem, quarta-feira, de minha longa viagem, às 7 horas da manhã. Deus
dignou-se me abençoar em minha volta como no resto dessa excursão, pois, apesar
de sofrimentos bastante agudos no mar e de um trecho de 21 horas de estrada de
ferro, de Marselha até Paris, sacudo bastante bem o cansaço e espero, após um
ou dois dias, estar em condições de acompanhar os exercícios de nosso retiro de
Comunidade que vai começar. Acho que veremos, então, alguém de sua casa. Aliás,
confio na sua sabedoria para as disposições que tomar a esse respeito.
Tenho
muito que agradecer a Deus pelas graças manifestas, palpáveis, por assim dizer,
que dignou-se nos conceder em nossa peregrinação. Recebemos a certeza de que os
objetivos que desejávamos atingir serão alcançados. Só ficam algumas formalidades,
para as quais o Sr. de Varax ficou em Roma sem mim. Acho que, daqui uns quinze
dias, estará de volta, mas é preciso continuar a rezar. Encontra-se em Roma
muita benevolência, mas não estão apressados em negócios, e admitem
naturalmente atrasos que, às vezes, comprometem resultados em aparência
assegurados.
Agradeça
muito por mim Monsenhor de Metz. Sua tão boa carta nos protegeu muito. Não
deixarei de lhe escrever desde que tiver alguma notícia certa sobre a conclusão
de nossos negócios.
Achei,
aqui e em Paris, tudo em bom estado. Não preciso dizer que nossos irmãos me
fizeram uma acolhida cordial. A união afetuosa é, você sabe, o primeiro tesouro
de nossa pequena família.
Seus
jovens Senhores vão bem. O jovem Bouquet agrada a todos por sua simplicidade e
sua retidão. O Sr. Bouchy, após ter sofrido de modo bastante notável de uma
constipação que contraiu na viagem, parece estar bem restabelecido. Está
contente, seu caráter um pouco rude se torna mais flexível, a luz vem chegando.
O jovem Nauroy é muito manso, não muito capaz, mas de um feliz caráter.
Pedi
em Roma a faculdade de aplicar diretamente à Congregação a bênção pontifical
que recebi para ela. Farei essa aplicação no encerramento do retiro, se receber
a autorização a tempo. Nesse caso, vou avisá-lo, para que vocês também abram
seus corações para recebê-la.
Adeus,
meu excelente amigo e filho em
N.S. Assegure meus irmãos de todo o meu terno devotamento.
Confio que terei haurido em Roma, aos pés dos Santos Apóstolos, senão mais
afeição por nossa cara família, ao menos mais graça, mais zelo e mais luz para
servi-la e assisti-la.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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