Admissão de
um jovem irmão belga nos Zuavos pontificais. Notícias diversas.
Chaville, 9
de maio de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Escrevo-lhe
apenas duas palavras, pois presumo que sua saída de Roma, fixada ao dia 14
deste mês, como me dizia em sua última comunicação, estará quase efetuada
quando a presente lhe chegar.
Devia
dizer-lhe somente que a admissão do Sr. Bérard nos Zuavos parece
definitivamente impraticável neste momento. Acaba de receber da Bélgica uma folha
que lhe significa sua isenção do Serviço para um ano somente, como
amparo de família, ficando sujeito a receber uma isenção igual para os três
anos que lhe sobrariam ainda a fazer como soldado belga. Tinha motivo para
esperar que essa isenção seria definitiva. Na condição presente, não poderia
servir fora de seu país. Portanto, deve renunciar ao partido que aceitara nesse
sentido. Suas disposições parecem excelentes neste momento, o Sr. Caille não
parece longe de aceitá-lo, se lhe fosse dado em Amiens um posto que o colocasse
menos diretamente em contato com os maiores entre os jovens particularmente.
Veremos o que será o melhor.
O
Sr. Trousseau pede auxílio com grande insistência, mas, efetivamente, eu lhe
seria muito pouco útil. Antes do Pentecostes, nenhum de nossos padres
pode se afastar. Imediatamente após essa festa, um deles poderia prestar um
pouco de ajuda durante alguns dias.
Não
recebi nenhuma resposta sua, sobre a Sra. de Jurieu. Muitas pessoas devem
conhecê-la, a irmã Lequette em particular, pois essa senhora, muito imiscuída
nas obras de caridade, teve muitos relacionamentos com as Irmãs de São Vicente
de Paulo. Não descuide, então, de prestar aos Srs. Tulasnes e à pobre senhorita
Antoinette o serviço que reclamaram de nós tão insistentemente.
O
álbum dos Ordres religieux é uma verdadeira mistificação. O Sr. Maignen
o viu, é uma publicação sem valor, que o Sr. Maignen estima a 2f : gravuras em madeira com
iluminuras grosseiras, texto insignificante, etc. Veremos, na sua volta, o que
se pode escolher de preferência.
Estou
feliz pela consolação que nossos irmãos puderam encontrar em seu pequeno
retiro; este lhes dará o desejo de não se privar de um tão útil apoio.
Assegure-os
de nossa terna afeição. Sua saída vai deixar-lhes um vazio bem sensível,
procuraremos, por nossas orações, obter de Deus essas graças de grande
qualidade, que bastam para tudo.
Assegure
também o Sr. Vrignault de nossa cordial simpatia. Sabemos de seu zelo e fazemos
votos para que Deus o abençoe.
Enfim,
ofereça, uma última vez, meus sinceros respeitos à Senhora de Varax e à
Senhorita Lauffer. Vamos orar, para que sua viagem seja feliz.
Adeus,
meu caríssimo filho. Alegro-me por revê-lo após uma ausência que já acho
demorada. Os de Amiens estão bem no direito também de ter o mesmo sentimento.
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
P.S.
É do fundo do coração e diante de Deus que estou agradecido por tantas bondades
que nos foram concedidas em Roma.
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