Notícias
sobre a comunidade romana. Desentendimento entre um irmão e um zuavo.
Chaville,
1o de junho de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Fico
sabendo com tristeza que nosso caro Sr. Jouin está doente. Temos imediata e
perseverantemente rezado por ele. Tenho confiança de que Deus ouviu nossas
orações e que, no momento em que escrevo, já está restabelecido. Assegure-o de
nossas sinceras simpatias e dê-nos, o quanto antes, notícias dele. Conto muito
também que os mal-estares de nossos irmãos Emile [Beauvais] e Charrin não terão
passado de um efeito dos primeiros calores e não terão conseqüência.
Apresso-me
em dizer-lhe que obtive do Comitê que o jovem Rabusier vá à sua casa como
postulante de nossa Comunidade e como ajudante para você. Acho que partirá
muito em breve. O Sr.
Faÿ lhe escreve perto de sua mãe, onde esteve enquanto esperava a decisão, para
que chegue sem demora. Deseja ter a cada dia alguns instantes para estudar.
Verá se tem possibilidade de favorecer essa aspiração sem grande dificuldade.
Rezamos
muito pelo Comandante Cirlot. Diga à sua cara e piedosa esposa, assim como a
ele, todo o interesse que nos inspira sua posição.
O
Sr. Vrignault prepara o relatório sobre os dois Círculos. Anexará os
orçamentos.
O
Sr. Paillé recomendou ao Comitê a renovação das assinaturas. Não sei se o Sr.
Vrignault pôde fazer alguma coisa no sentido do bem que você me indica em sua
carta.
Lamento
muito o litígio que o Sr. Charrin teve com um zuavo. Não dá, com um pouco de
prudência e um comportamento comedido, para evitar essas contrariedades? Não me
diz em que consistiu esse conflito. Se aquele que ameaçou o Sr. Charrin estava
errado e se o Sr. Charrin não o esteve de modo algum de seu lado, era talvez o
caso de examinar se não se devia avisar o Sr. de Charette. É preciso que
nossos irmãos sejam respeitados, mas precisa, sobretudo, que mereçam sê-lo. Haveria,
em caso semelhante, de se examinar o que a prudência cristã pede, para não
importunar os chefes por algo sem importância, correndo o risco de suscitar
muitos rancores entre os zuavos. Repito, tudo então deve ser pesado diante de
Deus, tomando também conselho, se o caso o pedisse. Penso que seu
comportamento deve ter sido neste sentido.
Adeus,
meu caríssimo filho, vou escrever-lhe, se puder fazê-lo a tempo, para anunciar
a saída do jovem Rabusier.
Ofereça,
na ocasião, nossos respeitos a todas as pessoas que nos mostraram benevolência,
e são, na verdade, todas as que vimos. Peça a Monsenhor Bastide para avisá-lo
quando o Sr. Cuvinot, um de nossos amigos comuns, vier à casa dos Irmãos de São
João de Deus para sua saúde, em Paris, para que eu vá visitá-lo.
Autorizo-o,
se julgar conveniente, a não entregar a palavra anexada aos Srs. Emile e
Charrin. Parece-me, todavia, que só pode lhes ser benéfica.
Le Prevost
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