Falta de
pessoal; o Noviciado se esvazia. Agir em acordo: é com essa condição que “o bem
se fará para você e para as obras”.
Chaville,
14 de junho de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Mando-lhe
nosso jovem Fonlupt, quase restabelecido em saúde, sem estar ainda bem forte.
Terá, nos primeiros momentos, um pouco de atenção por ele. Acredito que ficará
contente com seus serviços. Tem um coração reto, o sentimento do dever, o amor
da regularidade e uma grande docilidade. É muito: é, com a piedade, o que se
pede para fazer um verdadeiro religioso. Possa ele, sob sua conduta, confirmar
e aumentar essas boas disposições. Como lhe disse, o Noviciado perde, de uma só
vez, o aparente aumento de pessoal: o jovem Fournet, vindo de Vaugirard, teve
de se retirar por insuficiência física, moral e espiritual; bom menino aliás,
mas não tem a matéria com que se esculpe um bom religioso; em outras condições,
o mesmo acontece para os Srs. Xavier [Walter] e Miotte, que saíram hoje; o
jovem Fonlupt enviado a Amiens. Você está vendo que o Noviciado fica bem
modesto.
Uma
idéia, ainda não amadurecida, me ocupava o espírito: mandar-lhe daqui uns
quinze dias, ou depois da festa de São Vicente de Paulo, até o fim de setembro,
os Srs. Pattinote e Boiry juntos, porque, isolados, teriam alguma saudade
talvez, e porque, sendo reunidos, se apoiariam um ao outro. Ajudariam-no, ambos
tendo o gosto, a compreensão das obras e estando então bastante refeitos para
participar nelas sem demasiados cansaços. Ambos teriam necessidade de um pouco
de estudo, mas o achariam, parece-me, sem dificuldade. Para aliviar o peso da
casa de Amiens, pagaria para eles uma pequena pensão, à proporção de 300f cada um, seus serviços
servindo de compensação para o resto (roupas ficando a meu cargo). Não sei que
objeções encontrará, aqui ou em outro lugar, esse projeto totalmente inédito
(fora de meu cérebro); arrisco-o, ficando sujeito a ser apagado se é mal
concebido.
O
negócio de Ragatz é esquisito, mas tudo será bem. O proprietário tem seu
relógio, a Sra. de Varax, a satisfação do serviço que lhe prestou. Confio que o
homem terá ao menos dado os 5f
aos pobres; afinal, melhor isso do que nada.
Tenho
a vergonha de não ter enviado ainda os três São Vicente a Roma. Vou
providenciar isso hoje, farei corrigir minha confusão latina, pelo Sr.
Planchat. Estou sempre nos caminhos, o que avança pouco as correspondências.
Diga,
de vez em quando, uma palavra a cada um de nossos irmãos de nossa parte. É
literalmente verdade que os temos sempre presentes no espírito. Comunique esta
carta ao Sr. Caille e, em geral, façam tudo juntos e de acordo. É com essa
condição que o bem se fará para você e para as obras.
Em
anexo uma carta para o Sr. Ginet; temos sempre saudade dele em Chaville.
Seu
amigo e Pai afeiçoado em Jesus e Maria
Le Prevost
Aguardo
um jovem postulante latinista que me é enviado por dois eclesiásticos de Paris,
as coisas não estão, porém, plenamente decididas; causa-me boa impressão,
preciso revê-lo.
Nossa
festa de São Vicente de Paulo se fará, acho, no dia 19. Em nosso diretório
litúrgico, romano demais, é adiada para o dia 24 (sábado). Mas, com a condição
de fazer cantar a missa solene pelo Sr. d’Arbois [não sujeito ao diretório
romano], que estará aqui nesse momento, ou por um padre menos romano do que
nós, contornaremos a dificuldade.
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