Reconforto
na provação. Espírito de fé.
Chaville,
19 de junho de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe
o envio dos dois projetos de carta419. Estão bem feitos, vou usá-los.
O
Sr. Ginet me pede uma carta de sua tia; acho ter grande certeza de tê-la posto,
seja na missiva confiada ao Sr. Fonlupt, seja em uma outra que lhe enderecei
diretamente.
A
Casa-Mãe, esmagada por encargos de todos os tipos, não pode fornecer outras
vestes ao Sr. Fonlupt. Pegue, por favor, 50f dos 100f que nos foram enviados para a Obra dos
Clérigos, e compre-lhe o que achar mais necessário.
Tenho,
como você, a boa esperança de que a provação de que sofre será passageira e
dará lugar a um estado melhor. O passado me é uma garantia segura de que haverá
um bem definitivo, que nos dará ocasião de admirar a sabedoria e a bondade de
Deus. Não me lembro de que alguma graça insigne nos tenha vindo sem ter sido
precedida por alguns despedaçamentos e humilhações. Procuremos nos manter numa
espera paciente e corajosa. Não é proibido nos queixarmos, mas voltando sempre
a esta conclusão: Que seja feito, não como quero, mas como quereis.
Adeus,
meu caríssimo filho. Nossos órfãos de Vaugirard fazem, na quinta-feira 24, sua
primeira comunhão. Serão preparados pelo Sr. Girodon. Confio que sua oração
atrairá sobre nós um orvalho vindo do Céu.
Seu
amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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