Conselhos sobre
o emprego do tempo na aproximação da ordenação. Calma e paciência.
Chaville,
26 de julho de 1869
Meu
caríssimo filho em N.S.,
Não
penso, com efeito, que deva interromper seus estudos, nem dar aula às suas
crianças durante as férias. Deve esforçar-se por chegar a um final feliz para
sua ordenação, evitando novos transtornos.
Parece-me
que poderia livrar-se da ocupação que exigirá a presença das crianças durante
algumas semanas, dividindo o dia em três principais partes: o estudo, a aula, o
passeio. Para o estudo, incluindo mesmo a leitura em voz alta, poderia ser
feito, assim como os passeios, pelos Srs. Barthélemy [Marchand] e Lemaire, às
vezes uma pequena parte também pelo Sr. Ginet, se fosse absolutamente
necessário.
Quanto
à aula, que se daria uma só vez por dia, o Sr. Fonlupt, ou o Sr. Cauroy, ou o
Sr. Gérold poderiam vir dá-la, ficando sujeitos a serem substituídos, à sua
vez, durante sua ausência, por um de seus irmãos. Seria um pequeno
inconveniente, é verdade, mas seria totalmente momentâneo e não poderia se
comparar ao inconveniente de procurar mais uma vez expedientes extraordinários,
fora de seu pessoal.
Poupe
a si mesmo, arcando ao mesmo tempo com a tarefa que lhe resta a cumprir. Tenha
muita paciência. Deve ter calma, para você e para seus irmãos, porque, se estão
vindo buscar consolação e encorajamento perto de você, deve dar-lhes. Tenhamos
confiança, o Pai das misericórdias terá o mesmo para você, em abundância.
Assegure
o Sr. de Varax de que somos muito solidários com seu estado de cansaço e de
mal-estar. Hoje, a comunidade, com as crianças de Vaugirard, estava desde cedo
na capela de São Vicente de Paulo em peregrinação. O
Sr. Baumert teve a consolação de oferecer o Santo Sacrifício
no altar-mor. Rezamos muito por todos vocês, nosso santo Padroeiro não o
esquecerá.
Adeus,
meu caríssimo filho, abraço-os, você e nossos irmãos, afetuosamente.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
P.S.
Saindo da capela dos Lazaristas, estivemos no enterro do irmão do Sr. Faÿ (o
lampista músico). Rezem por ele. Sua morte, muito cristã, foi precedida por uma
muito longa doença. É sempre necessário que o sofrimento nos purifique.
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