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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1401 - 1500 (1869 - 1870)
    • 1437 - ao Sr. Caille
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1437 - ao Sr. Caille

Reconhecimento legal: o Sr. Le Prevost especifica os motivos para  recusá-lo. Passeio a Amiens.

 

Chaville, 10 de agosto de 1869

 

Meu bom amigo e filho em N.S.,

 

Examinamos no Conselho o projeto de reconhecimento das casas Saint Jacques e des Watelets como estabelecimentos de utilidade pública. Segundo o parecer unânime de todos os membros reunidos, semelhante medida ofereceria mais inconvenientes do que vantagens e, se  fosse por nossa decisão, não nos pronunciaríamos afirmativamente. Todavia, nas vistas e na posição em que se colocam os Senhores de sua Comissão, é possível que essa combinação, em certo sentido, esteja aceitável. Mas para nós, Comunidade, mas para você, sobretudo, que já teve que sofrer tanto das dependências que lhe foram impostas pelo Sr. Cacheleux e todos os que cercam você, quase sem exceção, é evidente que devemos guardar a todo o custo nossa liberdade de ação em relação à casa da rua de Noyon.

 

Essa liberdade seria comprometida, mais ou menos gravemente, se deixasse introduzir na ata que deve servir para o reconhecimento da Sociedade, que esses Senhores querem fazer aprovar oficialmente, a promessa de que essa casa será emprestada às obras dessa Sociedade. Haveria nisso como que um compromisso talvez difícil de desfazer em caso de mal-entendidos com ela. Pedimos, então, que não se faça menção alguma disso. Emprestaremos de bom grado essa casa para o uso do patronato, é bem nossa formal e constante intenção, mas esse empréstimo deve ser inteiramente livre e nossa independência deve permanecer perfeita.

 

Se as duas casas de Notre Dame des Victoires forem reconhecidas oficialmente, uma Comissão, oficial também, vai ser formada; o Presidente, que deve ter uma grande autoridade, é escolhido pela Administração Departamental. Todas as disposições para a execução das obras, todas as despesas, todo o movimento, em uma palavra, será regrado detalhada e minuciosamente por essa Comissão. Semelhante direção pode ser muito embaraçosa muitas vezes, e seria talvez intolerável se os pontos de vista viessem a diferir muito essencialmente dos nossos. Importa, portanto, não no-la impormos, já que podemos, guardando nossa liberdade inteira como proprietários da casa da rua de Noyon, medir, a nosso bel prazer, a ingerência que a Comissão quereria se atribuir nas obras que ali se realizam. Se essa ingerência ficar sábia e prudente, andaremos em boa harmonia; ao contrário, se embaraçosa, impertinente ou malévola, seríamos fortes para afastá-la. Ora, será tanto mais prudente, medida e sábia que tivermos, a seu respeito, uma posição mais nitidamente assentada e mais desimpedida.

 

Passo para um assunto menos sério. O Sr. padre Faÿ, tendo prometido a seus oito estudantes latinistas [Srs. Frézet, Vernay, Rousseau (estudos acabados no dia 15 de agosto), Chupin, Pialot, Lepage, Herlicq, Sauvage, Lefebvre] um passeio extraordinário durante suas férias, teria o desejo de levá-los a Amiens no dia 23 deste mês. Pergunta-lhe se poderia dispor, para uma noite, de uma sala onde seriam colocadas enxergas e cobertas. Essa acomodação bastaria para esses jovens pouco difíceis de satisfazer. Seriam acompanhados pelos Srs. Faÿ, Hello e Planchat, talvez também pelo Sr. Alphonse Vasseur; no total 12, no máximo. Será seguramente um embaraço a mais a acrescentar aos outros que lhe são ordinários, mas será breve e não se renovará antes de muito tempo. Não quis, porém, dar licença para essa excursão antes de tê-lo consultado.

 

Confio que o Sr. Joseph Bouchy, levado para sua casa pelo Sr. de Varax, poderá lhe ser útil. Logo que estiver a par de suas funções, poderão nos mandar o Sr. Gérold. Após a ordenação do Sr. Trousseau, trarão também de volta para nós o Sr. Ginet, para descarregar Amiens que, evidentemente, estaria  embaraçada com um pessoal numeroso demais.

 

Adeus, meu excelente amigo. Rezo por você, por seus irmãos, por suas obras. Confio que Deus e a Santa Virgem ouvirão meus votos.

 

Seu todo devotado amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

Acho que o Sr. Georges  [de Lauriston] lhe acusou recepção da sarja e a  lançou na conta.

 




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