O irmão
Cauroy provado em sua vocação. Que o Sr. de Varax faça apelo “ao bom senso e ao
coração” desse irmão, para trazê-lo de volta para outros sentimentos.
Chaville,
12 de agosto de 1869
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.
Rezo
com você por nosso jovem Cauroy. Seu desânimo, esperemos, passará como vários
outros, sob a influência da graça e de suas próprias reflexões. Tem bom senso e
coração, é mais do que é preciso para trazê-lo de volta para outros
sentimentos. Seria para ele, com efeito, o cúmulo da loucura e da ingratidão
quebrar assim, sem nenhuma razão válida, sua vocação e todo o seu futuro, sem
perspectiva alguma, um pouco consistente, de uma posição conveniente no mundo.
Suas qualidades serão valorizadas no serviço de Deus, porque são próprias para
tanto; seriam pouco estimadas no mundo e não o levariam a nada.
Se,
como se pode pensar, tem medo de se reencontrar em Amiens numa condição
prejudicial para estudar, estando dividido entre suas classes e os serviços das
obras, não se deveria hesitar um momento em prometer-lhe que, logo após a
ordenação do Sr. Trousseau, voltaria para cá para continuar seus estudos de uma
maneira regular e com inteira liberdade, seja em Versailles, seja em algum
outro seminário. Já sofreu da falta de continuidade em seus precedentes
estudos, não se poderia impor-lhe uma condição igual, sem que lhe parecesse
melhor do que outra para ele, levando em conta suas aptidões.
Se,
contra minha expectativa, seus bons conselhos não o trouxessem de volta para
melhores pensamentos, seria preciso mandá-lo para cá, para que conversasse com
ele com folga. Sabe o terno interesse que tenho por ele, acho que examinaria de
bom grado comigo o que seus verdadeiros interesses pedem.
Adeus,
meu excelente amigo, aguardo sua resposta para a peregrinação projetada de
nossos perseverantes. Ficaria para eles, se não há obstáculo nenhum em sua
casa, fazer as diligências para obterem os meios-assentos.
Seu
amigo e Pai afeiçoado
Le Prevost
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