A respeito
de uma eventual estada em
Duclair. Se sua saúde não lhe permitisse, o Sr. Le Prevost as
acolheria em Chaville, ou no bairro de Nazareth.
Chaville,
19 de agosto de 1869
Caríssimas
amigas,
Antes
de lhes responder, quis aguardar alguns dias, esperando que minhas pernas se
tornassem um pouco mais fortes. Até agora, não vejo melhora nenhuma. No
entanto, sendo que estou comendo e dormindo como de costume e que tenho apenas
um extremo esgotamento nervoso, suponho que, em meados de setembro, terei
recuperado bastante vigor para fazer uma pequena viagem para sua casa. Se isto
lhes parece incerto e se preferirem vir vós mesmas a Paris, não preciso
dizer-lhes que ficarei muito feliz em vê-las. Mandei procurar por aqui, em Chaville, se
havia algum hotel ou até uma pousada decente onde pudessem ficar por alguns
dias. Não existe absolutamente nenhuma, todas as buscas em diversos sentidos
foram inúteis.
Achava
que o melhor seria vocês ficarem em algum dos hotéis muito convenientes que há
perto da casa de Nazareth. Situados bem perto da estação Montparnasse, esses
hotéis lhes dariam condições para vir me ver em Chaville, sem nenhum cansaço. O
Sr. Paillé, que consultava a esse respeito, me diz que tem, neste momento, na
casa dos idosos, em Nazareth, um quarto bastante grande não ocupado, onde poderia
colocar duas camas, o menos ruins que pudesse prepará-las, e que uma boa
senhora de Nazareth poderia lhes preparar sua comida como quisessem. Estariam
na casa dos pobres, mas são honestos e não lhes seriam uma vizinhança
desagradável ou penosa. Teriam a pequena capela ao lado. Esse quarto está
atualmente sendo caiado, estará pronto no decorrer da semana que vem. Acho que
os que devem ocupá-la ainda não estão designados. Vejam, caras amigas, o que
melhor lhes convém. Lamento não poder fazer-lhes uma acolhida mais
hospitaleira, mas nossa condição nos limita singularmente, e mais ainda agora
do que antes de nossa aprovação em Roma: as regras, um pouco facultativas ainda
até então, tornam-se agora para nós obrigatórias.
Adeus,
caras amigas, não perco a esperança de vê-las de um modo ou de outro, já que,
dessas diversas combinações, seja que eu vá, seja que venham, uma ou outra
parece bem realizável.
Seu
todo afeiçoado irmão e tio
Le Prevost
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