Proposta de
um diretor para o Círculo dos empregados; seu retrato elogioso
Vaugirard,
20 de agosto de 1869
Meu
caríssimo filho em N.S.,
Comunico-lhe
um pensamento que me vem sobre a guarda habitual do Círculo dos Empregados.
O
Sr. Noël [Barbier], encarregado aqui da sacristia, acaba de me avisar que sente
que, na sua idade, a vida de Comunidade é rude demais para ele e que não pode,
prudentemente, entrar nela. Portanto, vai ser obrigado a se retirar.
Acho
que ele seria eminentemente próprio para acolher todos aqueles que chegam ao
Círculo e representar ali habitualmente a Comissão. Já tinha pensado em dá-lo a
você, como um dos nossos, mas, vendo as dificuldades de Vaugirard do lado do
pessoal, tinha sido constrangido a renunciar a essa idéia.. Se se retirar, você
poderia segurá-lo para o Círculo. Acho que se contentaria com 1000f, porque tem uma pequena
renda de 500f.
Se lhe desse um pequeno quarto nos Jovens Operários, poderia tomar suas
refeições em seu restaurante e teria assim sua vida assegurada.
Ele
tem o tom muito suave, muita cortesia nas suas maneiras, conversa bem e é
excelente homem, piedoso, perfeitamente seguro e delicado em tudo. Sua idade lhe
daria, aliás, o peso e a influência necessários, sem que tivesse de usar de
mandamento e de vontades imperativas, o que não combina muito com os rapazes.
Veja,
acho que é uma verdadeira descoberta para a posição. Se a idéia lhe agradar,
escreva-me sem tardar, para que fale com ele sobre o assunto. Partirei para
Chaville cedo amanhã, sábado (às 13 h.). Sou obrigado a fazer um grande desvio
para evitar, com a estrada de ferro de cintura, andar alguns passos: minhas
pernas me recusam seu serviço.
Dizem-me
que está doente. Trate bem de sua saúde, a fim de se conservar para o serviço
de Deus.
Seu
afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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