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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1401 - 1500 (1869 - 1870)
    • 1450 - ao Sr. de Varax
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1450 - ao Sr. de Varax

Um passeio a Amiens bem sucedido. O irmão Cauroy retoma coragem. A saúde do Sr. Le Prevost é fraca. Dificuldades na obra de Roma; não multiplicar as Comissões; tornam pesadas as obras e embaraçam os irmãos na busca do fim sobrenatural.

 

 

Chaville, 31 de agosto de 1869

 

Meu caríssimo filho em N.S.,

 

Nossos irmãos e nossos perseverantes voltaram tão encantados de sua viagem a Amiens, tão agradecidos, sobretudo, pela muito cordial hospitalidade que receberam entre vocês que eu deveria, para satisfazê-los, escrever sem demora a você e ao Sr. Caille, e lhes dizer todo o bem que lhes fizeram. Fora, como efeito, o cansaço um pouco excessivo que se deram indo a Corbie sem muita razão, sua viagem foi repleta de doces alegrias e sem causa alguma de pesar, sob o ponto de vista da ordem e da regularidade. Todos falam com complacência e gratidão dos cuidados bondosos e das atenções delicadas de que foram o objeto. Não estranho, pois me lembro dos procedimentos tão amáveis de sua boa mãe para com seus hóspedes e entendo bem que, formado por ela, tenha retido suas amabilidades atenciosas.

 

O Sr. Planchat, que conversou um pouco com o Sr. Cauroy, o achou em melhor disposição do que eu esperava. É verdade que a alegria de rever amigos de infância foi uma  diversão feliz para seu abatimento. Mostrou-se, afinal, todo disposto a seguir a direção que se lhe der. Talvez retomasse o estudo com mais sucesso e coragem se, seguindo os cursos num seminário, tivesse, para ajudá-lo, um tipo de repetição duas ou três vezes por semana. Isso poderia se realizar, acho, em Chaville, se seguisse o seminário de Versailles; se tivesse que ser em outro lugar, se deveria pensar em fornecer-lhe um repetidor. Verei, se for a Amiens, quais seriam seus sentimentos nesse sentido.

 

Embora esteja, há algumas semanas, de uma fraqueza tal que estou quase impróprio para tudo, para andar particularmente, desejo sempre lhe fazer uma visita por ocasião da ordenação do Sr. Trousseau. Se não ficar um pouco mais forte, seria de uma grande nulidade. Espero que a oração, nesses estados de esgotamento, tome mais poder na medida em que o corpo tem menos.

 

Tinha reparado, nas correções feitas às Constituições, alguns pontos que não lhe pareceriam conformes às animadversiones [observações]?

 

Como me dizia ultimamente, a questão do quarto para o capelão na Villa Strozzi fica sempre dependendo de várias pessoas. De seu lado, o Capitão Prevost se mexe, achando que é necessária, para esse Círculo, uma Comissão. O Sr. Descemet quereria também ter mais influência sobre a conduta dos irmãos. Não sei se, de tudo isso, sairá algo mais ou menos ofensivo ou embaraçoso para nossos irmãos. Se, em última análise, se percebesse que essa Comissão não poderá ser evitada, parece-me que seria sábio prever um pouco como deveria ser composta. Quanto menos numerosa, tanto mais chance se teria de que fizesse algum bem. O Sr. Louis [Klingenhofen], o Sr. Descemet e um oficial de qualidade com o Sr. Jean-Marie [Tourniquet],  bastariam, mais um Presidente. Mas, aí estaria a grande dificuldade, porque o homem que conviria seria quase impossível de ser encontrado. Seria preciso que sua personalidade fosse grave, para impor e ter uma preponderância, e, no entanto, deveria ser bastante complacente, para acompanhar os detalhes, muitas vezes mínimos, dos quais a Comissão teria de se ocupar. Monsenhor Tizzani seria bem, mas velho demais e não poderia estar envolvido na miúda administração do Círculo. Acho que ali estaria o problema e talvez o obstáculo que se poderia alegar para frear o ardor dos que pedem obstinadamente uma Comissão. O Sr. Jean-Marie parece preocupado e inquieto com essas insistências em sentidos diversos. A questão do quarto pode ser também uma causa de inquietação para ele, porque, atrás do Sr. Louis, Monsenhor Bastide e o Sr. Compans. Até agora, anda tratando só do dia de hoje, não falando nada e deixando dizer cada um; é o melhor, enquanto esse papel passivo for sustentável.

 

1o de setembro. Acabo de receber sua carta do dia 30 de agosto. O conteúdo da presente lhe responde em parte. Para seu retiro de jubileu, verei com prazer que o Sr. Hello ou o Sr. Planchat lhe dêem seu concurso. O primeiro uma grave dificuldade em afastar-se de Nazareth aos sábado e domingo. Temo que o Sr. Planchat, a quem ainda não falei, faça a mesma objeção. Porém, como o Sr. Risse estará sem dúvida aqui nesse momento, poderia, espero, substituir o dos dois que iria a Amiens. Assim, poderemos talvez resolver o obstáculo. Vou convidar nossos irmãos a se entenderem a esse respeito e a lhe darem uma resposta definitiva.

 

Acolho com alegria a boa esperança, embora longínqua, que lhe o Sr. Da Costa; vamos colocá-la no Coração de Nosso Senhor, para que Ele prepare a realização.

 

Bendigo a Deus pelo bom êxito de sua adoração e por sua distribuição. Sentimos em todas as nossas obras sua visível assistência. Oxalá nossa confiança nele se torne sempre maior, ali está nossa salvação assegurada.

 

Adeus, meu caríssimo amigo. Afeições devotadas a você e a nossos irmãos.

                                               Le Prevost

P.S. Vou escrever uma carta para Monsenhor de Amiens [Dom Costa de Beauregard].

 

 




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