Reação do padre
Dufour. Apesar do fracasso, o projeto aumentou a união fraterna com o Sr.
Levassor.
Quarta-feira
18 de março de 1835
Como era fácil prever, meu caro amigo, o pobre Sr. Dufour pareceu bem
mortificado pela conclusão de nosso negócio. Apesar de tudo o que fiz,
preparando a coisa, suavizando-a, atenuando-a, o golpe era rude, e ele o
ressentiu vivamente. Devo acrescentar, todavia, que essa impressão ficou
restrita a ele e que, embora lamentasse a incerteza, os adiamentos
desagradáveis que tudo isso lhe trazia, não mostrou nem amargura nem aspereza
contra nós. Deus, é de se esperar, que pesa e compensa todas as coisas,
aceitará o sacrifício que ele teve a oferecer-lhe e devolver-lhe-á o mérito.
Aliás, nenhum acordo diferente daquele que foi preparado entre você e mim lhe
pareceu aceitável. Ele quer, com razão, retornando ao Santo Ministério,
ocupar-se nele, livre de todo cuidado alheio e sem outra responsabilidade fora
de seus deveres eclesiásticos. Ele parecia desejar a sua pronta volta, e tinha
medo, em particular, que a conferência de direito fosse ainda interrompida
sexta-feira. Você julgará bom, sem dúvida, meu amigo, escrever-lhe quanto antes
para combinar com ele sobre todo ponto.
Eis tudo o que tenho a dizer-lhe hoje sobre esse grande negócio, durante tanto
tempo objeto de nossos entretenimentos e meditações; há pouca aparência de que
ele, doravante, ocupe neles um largo espaço; e, no entanto, não saberia bem
dizer por que, aguardo sempre, como se devesse surgir alguma peripécia, alguma
viravolta inesperada; mas cuido bastante de não ver nisso um pressentimento,
mas um simples efeito do costume, até agora tomado, de ver a situação
como combinada e quase certa. Daqui alguns dias, essa última impressão se
apagará também, e não sobrará mais vestígio em nossa vida de todo esse belo
plano de futuro.
Que reste, dele, caro amigo, uma união mais íntima entre nós, algumas doces
lembranças de efusão e de amizade, uma fraternidade mais santa em J.C. e, de
minha parte, esses últimos meses não serão perdidos.
Adeus, escreva-me quanto antes.
Seu amigo, irmão em J.C.
Le Prevost
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