Oficina de
bronze. Fazer agir os grandes jovens para o bem da obra. Dificuldades nos
Círculos de Roma. Proposta de pedir como Cardeal protetor o Cardeal Prefeito da
Propaganda. Bispos da América prontos para nos acolher. “Andar firmemente no
caminho um pouco rude em que
Deus nos colocou”.
Vaugirard,
13 de novembro de 1869
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Tinha
pedido ao Sr. Caille para sondar um pouco o Sr. Trouille e assegurar-se se
nossa oficina de bronze não lhe conviria, com a condição de iniciar-se um tempo
conveniente neste ramo da indústria. Receio que o Sr. Caille tenha perdido o
assunto de vista, ficaria-lhe grato por lembrá-la à sua atenção.
Conversando
com ele, insisti no bem que poderia ser feito a seus grandes jovens,
ocupando-os pouco a pouco nos serviços das obras, mais do que está sendo feito
até agora. Encontrar-se-iam também auxiliares bem úteis dessa maneira. Era o
grande segredo do Sr. Allemand, e foi sobre esse fundo que assentou sua obra.
Não sei se o Sr. Caille terá falado com você sobre esse assunto.
Confio
que o Sr. Bouchy irá melhor e que seus mal-estares terão sido acidentais.
Tranqüilizo-me a respeito dele, sabendo bem que você acompanha atentamente os
que o rodeiam.
Em
Roma, há um tipo de conciliação, não tenho certeza de que não é mais
aparente do que real. Uma Comissão composta de Monsenhor Bastide, dos Srs.
Descemet e Jean-Marie [Tourniquet], começa a funcionar. É de se pensar que
Monsenhor Bastide será ordinariamente substituído pelo Sr. Louis
[Klingenhofen]. Experimentaremos, com boa vontade, essa combinação. Os quartos
se acham desocupados, não sei se serão usados para deitar-se.
Para
o projeto de Cardeal protetor, me era feita a proposta do Cardeal da
Propaganda, dizendo que poderíamos apresentar como motivo que bispos da América
nos propuseram formarmos sujeitos que nos enviariam, a fim de preparar para
esse país estabelecimentos como os nossos. Teríamos, antes de tudo, necessidade
de sermos dirigidos e protegidos pela Propaganda. O que acha disso? Quem é esse
Cardeal? Você teria alguma melhor idéia? Parecia-me que teria sido bom deixar
cair por algum tempo o pequeno rumor e a emoção que os problemas com os
capelães haviam suscitado. Se houver insistência, farei o que pedem. Não sei
muito quais formas devem ser observadas. Dizem-me: dois pedidos, um ao Santo
Padre, o outro ao Diretor (é Diretor?) da Propaganda.
Adeus,
meu excelente amigo e filho em
N.S. Andemos firmemente no caminho, muitas vezes um pouco
rude, em que Deus
nos colocou. É, segundo sua divina palavra, levar após Ele sua cruz e segui-Lo.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
Não
me lembro mais do momento em que deve começar e terminar seu retiro. Não deixem
de muito rezar nele por nós todos.
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