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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1401 - 1500 (1869 - 1870)
    • 1490.1 - ao Sr. Bouchy
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1490.1 - ao Sr. Bouchy

Buscar a paz do coração. Humildade diante de suas imperfeições. “Abrir-se com simplicidade a seu superior”. O Sr. Le Prevost o tranqüiliza sobre a seriedade de sua vocação.

 

Chaville, 4 de janeiro de 1870

 

Meu caríssimo filho em N.S.,

 

Recebi com uma dupla satisfação sua boa carta do ano novo que me assegurava de seus sentimentos de filial afeição e me tranqüilizava, ao mesmo tempo, sobre suas disposições interiores, um pouco perturbadas momentaneamente como me marcava numa carta anterior. Felizmente, essa pequena nuvem se dissipou e reencontrou a paz. Como seria possível que, depois, alguma provação igual se reapresentasse, será sábio examinar com um pouco de atenção de onde veio o distúrbio, e como voltou para a calma.

 

Você está sensível demais à censura ou aos avisos, acha severos demais os que o repreendem e não consegue ter paciência com essa dificuldade. À medida, caro filho, em que entrar melhor no espírito de nosso divino Senhor, se tornará mais forte contra tais aflições. Somos os discípulos do Deus manso e humilde de coração, devemos reconhecer diante dele nossas imperfeições e nossas misérias, e não procurar demais dissimulá-las aos olhos dos outros nem temer tanto sofrer alguma censura. Chega-se, sabe, a essa calma feliz pela oração, pela contemplação de nosso divino modelo e, enfim, exercitando-se a cada dia para suportar mansamente alguma susceptibilidade de nosso amor próprio.

 

Um meio bem seguro também para se acalmar (e vejo com satisfação que soube recorrer a isso) é abrir-se simplesmente a seu superior. À medida em que lhe explica sua pena, se sente que diminui e, se o superior acrescenta algumas palavras de consolação e de encorajamento como acontece de costume, o mal desapareceu, e a serenidade e a confiança voltaram.

 

Você mesmo acaba de experimentar isso. Estava me escrevendo, com o coração cheio de tristeza, duvidando de suas forças, quase perdendo a esperança no futuro, mas logo uma nova carta me informava que tudo tinha mudado: tinha falado, tinha aberto sua alma, a graça e a paz haviam descido por essa abertura, o mal estava curado.

 

Acontecerá o mesmo uma outra vez, se o caso se reapresentar. Tenha, portanto, boa confiança, caro filho, sua intenção é reta, os indícios de uma verdadeira vocação são sensíveis em você. O Deus que o chamou o sustentará no caminho e nós, seus amigos, seus Pais em Jesus Cristo, entraremos nas vistas de sua divina misericórdia, dando-lhe assistência da melhor forma possível na via perfeita em que devemos andar juntos.

 

Lembrar-me-ei, particularmente, de dar-lhe minhas orações e sacrifícios e estarei sempre disposto a testemunhar-lhe minha bem cordial afeição.

 

Seu todo devotado amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 




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