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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1401 - 1500 (1869 - 1870)
    • 1496 - ao Sr. Tourniquet
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1496 - ao Sr. Tourniquet

Diligência para um prelado romano. Circunstâncias da morte trágica do Irmão Marlin. O Sr. Le Prevost profundamente afetado.

 

Vaugirard, 22 de janeiro de 1870

 

Meu caríssimo filho em N.S.,

 

Monsenhor Termoz pediu, por carta, ao Sr. Lantiez para lhe comprar uma pasta de escritório rica com mata-borrão, para um presente, acho, que pretende fazer. O Sr. Vasseur ficou encarregado dessa aquisição no lugar do Sr. Lantiez agora residente em Amiens, como sabe.

 

O Sr. Vasseur, que conhece vários grandes fabricantes, examinou de diversos lados o que havia de melhor nos objetos desejados por Monsenhor Termoz. Eis o resultado de suas buscas:

 

Uma linda pasta completa, couro de Rússia: 82f lindíssima:       135f

 

Em couro de Rússia somente por fora e imitação por dentro, de 85 a 105f.

 

Uma pasta de escritório desses diversos tipos inclui um mata-borrão entre os aviamentos. Não acho que Monsenhor Termoz pede a compra de um mata-borrão à parte, além da compra da pasta de escritório. Se fosse diferente, uma linda pasta de escritório separada custa 20, 30, 59f.

 

Antes de consumar a compra, o Sr. Vasseur deseja saber qual preço é o melhor nas intenções de Monsenhor Termoz. Poder-se-iam encontrar os objetos em questão em artigo Paris, quer dizer cartonagem ou outras imitações, mas a inferioridade das qualidades é sem proporção.

 

Ofereça nessa ocasião meus respeitos e meus votos bem afetuosos a Monsenhor Termoz.

 

O Sr. Jousset me escreveu por ocasião do ano novo, agradeça-lhe.

 

Não sei se soube que um de nossos jovens noviços de Chaville, François Marlin, menino do Sr. Hello, muito bom e muito piedoso, de 20 anos, acaba de nos ser tirado por um bem doloroso acidente. Voltando de Vaugirard a Chaville, estando sozinho em um compartimento da estrada de ferro, pôs demasiadamente sua cabeça por fora, foi golpeado e arrastado violentamente por um choque contra uma das pontes na chegada de Sèvres. Como o dia estava acabando, esse horrível acidente não foi notado logo. Somente duas horas depois, um funcionário da estrada de ferro o achou numa vala, ensangüentado e quebrado. Estava desacordado, foi levado ao hospital de Sèvres. Avisados às 9h1/2 da noite, os Srs. Faÿ e Audrin estiveram ali às pressas. O pobre menino expirou pela manhã, sem ter podido recuperar a palavra. Ele se tinha confessado e havia comungado de manhã, estava rezando quando foi golpeado, porque seu terço ficou em seu braço. Essa infelicidade nos atingiu cruelmente, sinto dificuldade, da minha parte, em me refazer disso. Que a muito adorável vontade de Deus seja feita! Nosso pobre menino foi depositado sábado passado no jazigo. É o nono chamado de volta para Deus.

 

Manque vai muito bem, mas sua família faz incríveis esforços para obrigá-lo a voltar, não sei o que vai acontecer.

 

Adeus, meu caríssimo filho. Diga a nossos irmãos todas as minhas ternas afeições. Rezem muito juntos e vivam na caridade do Senhor.

 

Seu amigo e Pai devotado em Jesus e Maria.

 

                                               Le Prevost

 




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