Movimento
de pessoal difícil. Contar com Deus: “nele, esperança sempre”.
Chaville,
14 de março de 1870
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Agradeço-lhe
sua resposta sobre o Sr. Gérold. Precisava desses esclarecimentos para agir com
ele, tão bem quanto puder, no seu interesse. Procurarei que tenha mais abertura
comigo ou com o Sr. Faÿ. Não sei se sua natureza ardente se poderá acomodar com
um tempo ilimitado a passar no Noviciado. Pensava um pouco em me contentar, por
enquanto, com a parte que fez e com aquilo que aprendeu nele, e em dar-lhe uma
função, reservando-me retomá-lo aqui, após um ou dois anos, quando estiver um
pouco amadurecido na vida ativa. O Sr. Lantiez me pedindo para chamar de volta
o Sr. Lemaire que não vai bem em Saint Jacques, pensaria em enviar para lá o Sr.
Caron, atualmente encarregado da seção dos aprendizes em Grenelle, e a fazê-lo
substituir pelo Sr. Gérold para esta última função. Teria os conselhos do Sr.
Gallais, o qual tem a seção dos jovens constituídos em Círculo e regidos por um
regulamento particular em salas e locais que lhes são destinados.
A
tarefa seria ainda um pouco pesada, porque o patronato dos aprendizes tem uma
seção, dita de Saint Joseph, cujos rapazes têm de 15 a 17 anos. Mas o conjunto
do pessoal dos aprendizes, grandes e pequenos, não passa muito de uns cem, em
média, a cada domingo. O Diretor tem um ou dois membros de São Vicente de Paulo
bem escolhidos que o ajudam assiduamente, e, além disso, um irmão que o
Noviciado pode também mandar no domingo, assim como está fazendo neste momento
na pessoa do Sr. Gérold. Não acha que este poderia funcionar assim? Resposta,
por favor.
Entrei,
na medida do possível, em seu pensamento e seu desejo autorizando, é verdade
não sem pesar, o Sr. d’Arbois a partir somente na quinta-feira 17. Fazer mais
do que isso nos seria impossível: várias questões muito urgentes para a casa de
Vaugirard ficaram em suspenso, com prejuízo real, aguardando a chegada do Sr.
d’Arbois. Uma mais longa espera se torna impossível.
O
Sr. Perthuisot está satisfeito em Angers e se acostuma? Pergunte-lhe o que sabe
e pensa de um jovem seminarista de Troyes, o Sr. Choullier, que parece disposto
a vir para nós. O Sr. Roussel, com quem esteve um ano, nos deu boas informações
sobre ele.
Procure,
no meio de tudo, não descuidar de sua saúde, cuide de seu regime e faça com
muita moderação a Quaresma. Deus, neste momento, não lhe pede nada mais.
O
jovem Lefebvre se apaga tranqüilamente. Seu irmão de Arras veio visitá-lo e se
foi; o de Marseille deve ter chegado ontem, domingo.
O
Sr. Frézet vai melhor, mas ainda está lânguido. O médico mais esclarecido [Sr.
Jousset] não se pronunciou até agora sobre seu estado e pediu um tempo de
exame.
Adeus,
meu caríssimo amigo e filho em
N.S. Contemos pouco ou de maneira nenhuma conosco, mas muito
com Deus. Nele, esperança sempre. Onde está essa palavra de David: “Mesmo, ó
meu Deus, se me matasseis, ainda esperaria em vós”. É uma esperança contra toda
esperança de que precisamos. Nosso estado de vida sobrenatural não comporta
nada menos; se o conseguirmos, tudo estará salvo.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Afeições
a todos.
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