Empréstimo
que lhe fizeram. Situação do Instituto no início da guerra.
Vaugirard, 5 de agosto de 1870
Amigas muito queridas,
O Sr. de Lauriston está em Roma há algumas semanas
para substituir um de nossos irmãos dos Círculos militares que estava
extremamente cansado. Não sei sua situação em relação a vocês quanto os juros
de seu empréstimo. Se não me engano, seis meses devem estar vencidos desde o
dia 1o de julho. Como o prazo, em todo o caso, deve cair mais ou
menos nessa data, mando-lhes em anexo 500f. Peço-lhes para me enviar um recibo, em
nome do Sr. de Lauriston, para a Obra de Notre Dame de Grace, em Grenelle, que
é sua devedora.
Não vejo nada a lhes dizer hoje. Sofremos, como todo o
mundo, da guerra, a aflição do momento. Três de nossos Senhores nos são tomados
atualmente. Não sei se mais outros nos serão tirados. Entre as nossas obras,
multidões de jovens, casados ou não casados, são convocados para o serviço. O
Círculo dos Jovens Operários do Sr. Maignen perde 67 por parte dele, e assim
mais ou menos para as outras obras.
Em
nossa Congregação, dois ou até três de nossos
Senhores eclesiásticos estão esgotados por um trabalho demasiadamente contínuo
e vão ser obrigados a interromper por um tempo suas ocupações ordinárias. Três
de nossos seminaristas serão ordenados padres daqui a alguns dias, mas uns
muito jovens não podem suprir homens de maturidade e de experiência. Esperamos
que Deus proveja.
No que me diz respeito, os calores contínuos acabaram
de me quebrar as pernas. Não posso mais sair de casa, a não ser de viatura.
Retomarei um pouco de força no outono? Duvido, por causa da fraqueza de meu
estômago, causa de todos os meus esgotamentos.
Dêem-me notícias suas. Os calores não devem tê-las
poupado, não mais do que nós. Se não estiverem fracas demais, um pouco de movimento,
depois que tiver mudado a temperatura, lhes seria salutar. Por que não teriam
feito uma pequena viagem ao mar? Alguns banhos teriam fortalecido Maria, e o
bom ar vivo teria também sido muito bom para sua mãe. Não é tarde demais
para sonhar nisso e a estrada de ferro lhes tornaria essa viagem tão fácil!
Adeus, caríssimas amigas. Penso muitas vezes em vocês
e rezo também por vocês. Não se esqueçam de mim, de seu lado. Minha tarefa tem
sido, neste ano, mais rude do que de costume, e, no entanto, estava mais fraco
ao mesmo tempo para suportá-la. Deus fará mais, espero, à medida em que farei
menos.
Seu todo afeiçoado irmão e tio
Le Prevost