Aviso
para a obra de Angers. Notícias da ambulância. Expectativa do sítio de Paris.
Vaugirard, 31 de agosto de 1870
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
O Sr. [Adolphe] Lainé parte hoje para chegar perto de
você. Não sei se será através dele ou pelo correio que esta palavra lhe
chegará: sua residência em Grenelle o mantém distante e seus adeuses me foram
feitos ontem à noite. Parte em excelentes disposições.
Penso, como você, que as obras do patronato ganharão
muito, sendo separadas do Coral.
Para o patronato das Manufaturas, não saberia dar um
parecer, já que não me dou conta do valor do Sr. Perthuisot como agente de
patronato. Seria preferível, em todo o caso, que aquele, qualquer que seja, que
teria essa função não fosse sozinho. Se o Sr. Ginet tivesse de ficar em Angers,
sua presença, sem ser muito eficaz como ação, o seria como conselho e
vigilância.
Temos boas notícias de nossos irmãos da ambulância.
Estão em
Montmédy. Estão no exercício de suas funções. Terão muito
para fazer se a grande batalha que se anuncia acontecer.
Rezamos por sua família. É uma penosa posição estar em
país inimigo em sua própria pátria.
Mandamos embora nossas crianças órfãs, com muito
pesar. Sobram ainda para nós uns quarenta.
Se está um pouco menos sob o efeito da perspectiva do
sítio de Paris agora, mas a incerteza sobre esse ponto continua absoluta. Toda
a periferia está deserta, todo o mundo reintegrou a cidade. Ocupamos Chaville,
cujo pessoal está muito reduzido, até o último sinal da chegada do inimigo.
Estamos preparados para ambulâncias em nossas casas,
se a necessidade pedir.
Adeus, meu caríssimo amigo. Reze muito com nossos
irmãos, várias vezes por dia, pela França e pelas almas que a guerra, ou aflige
dolorosamente, ou envia ao tribunal de Deus.
Seu todo afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Afeições a nossos irmãos.
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