Sobre
o pessoal da comunidade de Amiens. Organização das obras em função das
circunstâncias. As portas de Paris acabam de ser fechadas.
Vaugirard, 15 de setembro de 1870
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
O Sr. Thuillier havia pedido diretamente ao
Arcebispado a anulação de seus votos. Não me lembro com que condição foi-lhe
concedida. Penso que não se faria dificuldade alguma, havendo reclamação
motivada feita por ele, para conceder uma modificação às reservas da liberação
a ele outorgada.
Escrevi-lhe a respeito da translação dos órfãos para a
rua de Noyon. O Sr. de Varax seria de parecer, pessoalmente, que deveriam ser
feitos todos os esforços possíveis para mantê-los ali onde estão. A coisa
parece muito difícil.
Acho que, se o Sr. Dufour não vai bem e não quer andar
na obediência, o melhor que tivesse de fazer seria engajar-se na guarda
nacional. Em todo o caso, você poderia, de concerto com o Sr. Caille,
convidá-lo a procurar fora de nós uma outra posição.
É preciso encorajar o Sr. Barthélemy [Marchand]. É um
honesto menino, estivemos muito contentes com ele aqui.
Nada de novo em casa. Fecham-se
hoje as portas de Paris. Não sei se o correio funcionará ainda amanhã. A
situação vai tornar-se cada dia mais crítica. Que Deus e a Santa Virgem
dignem-se ajudar-nos. Amparemo-nos reciprocamente pela oração.
Seu todo devotado amigo e Pai
Le Prevost
P.S. Recebo neste instante suas duas cartas. Acho que
o último plano proposto pelo Sr. Caille é aceitável e liberará a casa de Noyon.
Mas os jovens operários residindo na rua dos Wattelets viriam fielmente, aos
domingos e festas, às reuniões da rua de Noyon? Seria muito desejável que
as obras não fossem atingidas, confio que será assim, se mostrar um pouco de
conciliação e de paciência, virtudes bem caras a Nosso Senhor e que nos
atrairão o socorro de sua graça. Para a capela da rua dos Wattelets, nada a
fazer provisoriamente. Quando se souber precisamente quem será seu capelão,
veremos o que o caso vai pedir.
Afeições ao Sr. Pattinote.
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