P.S.
do Sr. Le Prevost
O
Sr. Baumert em Londres.
Vaugirard, em 16 de fevereiro de 1871
Meu bom e caro irmão em São Vicente,
Respondo em
nome do Padre Superior à sua carta do dia 7 de fevereiro, recebida por ele no
dia 14, e à qual dá tanto mais valor que confirma perfeitamente as notícias
boas que se tinha indiretamente de você, e as narrativas cheias de interesse
que o Sr. Braun acaba de nos fazer em pessoa sobre suas viagens e seu santo
empreendimento.
É visível que a Providência propiciava, neste tempo de
provação, um asilo à sua pessoa e um campo para seu zelo, no meio desses bons
Alemães de Londres. A dócil e cordial abertura que dá ao Padre de lhe indicar
sua linha de conduta para o futuro lhe pareceu mais do que um indício
consolador de sua virtude. Vê nisso também o sinal de um desígnio de Deus que,
evidentemente, se servirá de seu zelo como de um instrumento de bênção,
enquanto o encontrar, como hoje, penetrado pela mansidão e a humildade de seu
próprio Coração.
Fique, portanto, em Londres até que os acontecimentos,
cujo final não pode tardar muito a se declarar, permitam ao Padre Geral dar-lhe
a conhecer por novas cartas a decisão a tomar sobre tudo o que lhe propôs.
No caso em que as coisas se revolvessem
afirmativamente, pareceria bem útil ter perto de você o excelente Sr. Emes
(Antoine), cuja virtude e experiência lhe são conhecidas. Embora muito ocupado
com suas filhas, o Sr. Braun irá talvez revê-lo daqui a pouco.
Em Paris, apesar das infelicidades da guerra, nossas
obras foram milagrosamente poupadas em sua pequenez. Nenhuma foi interrompida.
Grenelle se mantém, graças ao Sr. Leclerc que se dá a ela um pouco mais hoje...
Adeus, caro e bem venerado amigo. Aperto-lhe as mãos
com terna e fraterna afeição em N.S.
B. de Varax
Padre dos Irmãos de SVP.
Nossos irmãos lhe mandam suas melhores lembranças e o
Padre Superior, acima de tudo, sua bênção.
P.S. Um pouco apressado hoje, junto a esta carta
apenas meus bem afetuosos sentimentos.
Seu devotado amigo e Pai
Le Prevost