P.S.
do Sr. Le Prevost
A
saída de Roma se organiza. Disposições para o movimento de pessoal entre as
obras de Tournay e as da França.
Vaugirard, sexta-feira 10 de março de 1871
Meu caríssimo irmão em N.S.,
O Padre Geral responde por este correio a suas duas
boas cartas do dia 4 de março recebidas, diria, no mesmo dia.
Tem boas notícias de Roma onde nossos irmãos ainda
estão nos PP. Trapistas, acabando de liquidar o material dos antigos Círculos
militares e dando-se a alegria de todas as devoções imagináveis, peregrinações,
visitas às sete basílicas, etc., etc. Vão voltar à França incessantemente. De
Bâle, nada de novo: o Padre escreveu ao Sr. d’Arbois que procurasse fazer
coincidir sua passagem por Paris com a viagem de você e a chegada do Sr.
Lantiez, aos arredores do dia 15 ou 20 deste mês.
Para o pessoal a conservar nas obras de Tournay, ou a
mandar de volta à França, eis o que o Padre Superior lhe faz saber, não a
título de decisão mas como simples troca de opiniões, às quais fará, após
reflexão, tais respostas ou observações que acreditaria úteis.
1o --- Quando for fixada sua viagem, não se
poderia contar com a volta do Sr Jean-Marie [Tourniquet] cujo apoio, aqui,
seria dos mais necessários. E, em todo o caso, se parece indispensável conservá-lo
ali, não seria possível reenviar, no seu lugar, o Sr. Georges Coquerel? O que
acha deste último, no duplo ponto de vista da piedade e do trabalho nas obras?
2o --- A idéia de substituir o Sr. Marcaire
pelo Sr. Streicher é aceitável, com esta observação, todavia, que o
temperamento deste último, que conhece, aliás, não oferece bastante garantias
para que seja possível ficar absolutamente sem preocupação sobre ele e a
maneira com a qual perseveraria em sua função.
3o --- A mediocridade que se notava no Sr.
Eugène Dufour talvez tenha podido ser corrigida um pouco. Você julga. Todavia,
se fosse o mesmo que outrora (como se pode recear), não haveria grande
inconveniente em deixá-lo devagarzinho escorregar para fora de nós,
assegurando-lhe, longe de seu pai, uma colocação e um pequeno futuro.
4o --- O Sr. Piquet tem desejo de voltar,
mas não para ficar: essa passagem para impressionar e enternecer parece mais
nociva do que útil para nós. O Padre Superior lhe escreve, terá conhecimento
mais detalhado do caso por sua carta.
5o --- Se a vontade do Sr. Perthuisot não
é, nitidamente, de ficar unido à Congregação, nada melhor para ele do que lhe
escrever, como propõe. Prevê, todavia, o caso em que essa diligência, em lugar
de acomodá-lo em seus desejos íntimos, lhe causaria surpresa e provocaria
demonstrações ou reclamações?
6o --- Que o Sr. Garault volte logo que
agradar a você. Será bem-vindo. Sua ajuda, neste momento, nos será
particularmente útil.
7o --- Prevemos a utilidade de enviar o Sr.
Allard a Metz, onde haverá necessidade de ajuda e de devolver o Sr. Hubert a
Nazareth. Mas precisa pensar nisso ainda um pouco.
8o --- Prevemos também a utilidade muito
séria da volta do Sr. Caron a Grenelle. Examine, todavia, se não está
comprometido demais em
Tournay. As mudanças são tão lamentáveis.
9o --- Quanto aos Srs. Lemaire, Jouin e
Bouchy, nada indica que devam ser retirados, ao menos para os dois últimos.
10o --- Um sujeito a mais lhe seria
enviado, em compensação, se o assunto do Courrier de l’Escaut se
concretizar. Seria o Sr. Boiry. Vê algum inconveniente? O Padre acha que seria
conveniente para a tarefa e reciprocamente. Escreve-lhe para provocar bem
claramente novas afirmações iguais às que formulou pessoalmente numa recente
carta, em que protesta de seu apego ao Instituto e de seu desejo de trabalhar
utilmente nele.
11o --- Quanto à questão do jornal in se
: não é, com certeza, em nossa ordem de idéias entregarmo-nos a esse tipo
de trabalho burocrático. Todavia, por causa de nossas obrigações de gratidão
e, em segundo lugar, dos lucros que resultariam para a subsistência comum,
a Congregação poderia aceitar, sob a reserva de colaborar somente enquanto
teria sujeitos aptos para esse trabalho especial e sem tomar, a esse respeito,
nenhum compromisso que comprometa o futuro.
12o --- Pressente a resposta para a Semaine
Religieuse, nossas opiniões estando absolutamente de acordo: o Padre o
remete à última carta que recebeu.
13o --- A benevolência dos Srs. do
seminário é muito grande e, como diz, não se deve abusar dela. Sonde, se puder,
de uma maneira exata as disposições que têm atualmente. Nossos internos,
prolongando sua estada até as férias, não deveriam talvez nem reclamar o
benefício de gratuidade absoluta que lhes foi concedido tão generosamente. Com
certeza, se se quer considerar assim o assunto, somos feitos por vocação
para receber a esmola e não recusaríamos uma tão preciosa. Mas, no caso em que
a diocese acreditaria ter feito suficientemente para conosco, sustentando-nos
durante o tempo da guerra, aceitaríamos a continuação das despesas futuras.
Explique, então, o que acreditar que deva ser feito a esse respeito, logo que
tiver conseguido informação junto a quem de direito.
14o --- Para os externos que apenas seguem
os cursos dos Jesuítas, sua situação é assimilável à dos teólogos e podem ser
considerados como pesando sobre a casa que os admite? Isso é, ao menos, muito
duvidoso.
Deixo-o, meu bom irmão e venerado amigo, para correr
em nosso triste Paris que não tem nem fé nem lei mas, em contrapartida, muito
orgulho e muita tagarelice.
Reze por nós e lhe retribuímos, de nosso lado, com a
afeição fraterna que conhecee.
Seu respeitoso irmão em N.S.
B. de Varax
padre de SVP.
Peço-lhe, meu caro amigo, para fazer chegar a palavra
anexada ao Sr. Piquet. Se precisar de dinheiro para sua viagem, poderá
adiantá-lo, com a condição de receber essa importância por ocasião de sua
próxima viagem?
Acho que o Sr. Jean-Marie poderia, em sua ausência,
ser chefe interino da pequena comunidade.
Para o Sr. Vernay, sua saúde sofre sem dúvida por sua
vida sedentária em
internato. Os Srs. do seminário admitiriam, por motivo de
saúde, que fosse às aulas, por um tempo, como externo? Não vejo muito outro
meio.
Le Prevost