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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1601 - 1700 (1870 - 1872)
    • 1616.1 - do Sr. de Varax ao Sr. J. Faÿ
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1616.1 - do Sr. de Varax ao Sr. J. Faÿ

P.S. do Sr. Le Prevost

A saída de Roma se organiza. Disposições para o movimento de pessoal entre as obras de Tournay e as da França.

 

Vaugirard, sexta-feira 10 de março de 1871

 

Meu caríssimo irmão em N.S.,

 

O Padre Geral responde por este correio a suas duas boas cartas do dia 4 de março recebidas, diria, no mesmo dia.

 

Tem boas notícias de Roma onde nossos irmãos ainda estão nos PP. Trapistas, acabando de liquidar o material dos antigos Círculos militares e dando-se a alegria de todas as devoções imagináveis, peregrinações, visitas às sete basílicas, etc., etc. Vão voltar à França incessantemente. De Bâle, nada de novo: o Padre escreveu ao Sr. dArbois que procurasse fazer coincidir sua passagem por Paris com a viagem de você e a chegada do Sr. Lantiez, aos arredores do dia 15 ou 20 deste mês.

 

Para o pessoal a conservar nas obras de Tournay, ou a mandar de volta à França, eis o que o Padre Superior lhe faz saber, não a título de decisão mas como simples troca de opiniões, às quais fará, após reflexão, tais respostas ou observações que acreditaria úteis.

 

1o --- Quando for fixada sua viagem, não se poderia contar com a volta do Sr Jean-Marie [Tourniquet] cujo apoio, aqui, seria dos mais necessários. E, em todo o caso, se parece indispensável conservá-lo ali, não seria possível reenviar, no seu lugar, o Sr. Georges Coquerel? O que acha deste último, no duplo ponto de vista da piedade e do trabalho nas obras?

 

2o --- A idéia de substituir o Sr. Marcaire pelo Sr. Streicher é aceitável, com esta observação, todavia, que o temperamento deste último, que conhece, aliás, não oferece bastante garantias para que seja possível ficar absolutamente sem preocupação sobre ele e a maneira com a qual perseveraria em sua função.

 

3o --- A mediocridade que se notava no Sr. Eugène Dufour talvez tenha podido ser corrigida um pouco. Você julga. Todavia, se fosse o mesmo que outrora (como se pode recear), não haveria grande inconveniente em deixá-lo devagarzinho escorregar para fora de nós, assegurando-lhe, longe de seu pai, uma colocação e um pequeno futuro.

 

4o --- O Sr. Piquet tem desejo de voltar, mas não para ficar: essa passagem para impressionar e enternecer parece mais nociva do que útil para nós. O Padre Superior lhe escreve, terá conhecimento mais detalhado do caso por sua carta.

 

5o --- Se a vontade do Sr. Perthuisot não é, nitidamente, de ficar unido à Congregação, nada melhor para ele do que lhe escrever, como propõe. Prevê, todavia, o caso em que essa diligência, em lugar de acomodá-lo em seus desejos íntimos, lhe causaria surpresa e provocaria demonstrações ou reclamações?

 

6o --- Que o Sr. Garault volte logo que agradar a você. Será bem-vindo. Sua ajuda, neste momento, nos será particularmente útil.

 

7o --- Prevemos a utilidade de enviar o Sr. Allard a Metz, onde haverá necessidade de ajuda e de devolver o Sr. Hubert a Nazareth. Mas precisa pensar nisso ainda um pouco.

 

8o --- Prevemos também a utilidade muito séria da volta do Sr. Caron a Grenelle. Examine, todavia, se não está comprometido demais em Tournay. As mudanças são tão lamentáveis.

9o --- Quanto aos Srs. Lemaire, Jouin e Bouchy, nada indica que devam ser retirados, ao menos para os dois últimos.

 

10o --- Um sujeito a mais lhe seria enviado, em compensação, se o assunto do Courrier de lEscaut se concretizar. Seria o Sr. Boiry. algum inconveniente? O Padre acha que seria conveniente para a tarefa e reciprocamente. Escreve-lhe para provocar bem claramente novas afirmações iguais às que formulou pessoalmente numa recente carta, em que protesta de seu apego ao Instituto e de seu desejo de trabalhar utilmente nele.

 

11o --- Quanto à questão do jornal in se : não é, com certeza, em nossa ordem de idéias entregarmo-nos a esse tipo de trabalho burocrático. Todavia, por causa de nossas obrigações de gratidão e, em segundo lugar, dos lucros que resultariam para a subsistência comum, a Congregação poderia aceitar, sob a reserva de colaborar somente enquanto teria sujeitos aptos para esse trabalho especial e sem tomar, a esse respeito, nenhum compromisso que comprometa o futuro.

 

12o --- Pressente a resposta para a Semaine Religieuse, nossas opiniões estando absolutamente de acordo: o Padre o remete à última carta que recebeu.

 

13o  --- A benevolência dos Srs. do seminário é muito grande e, como diz, não se deve abusar dela. Sonde, se puder, de uma maneira exata as disposições que têm atualmente. Nossos internos, prolongando sua estada até as férias, não deveriam talvez nem reclamar o benefício de gratuidade absoluta que lhes foi concedido tão generosamente. Com certeza, se  se quer considerar assim o assunto, somos feitos por vocação para receber a esmola e não recusaríamos uma tão preciosa. Mas, no caso em que a diocese acreditaria ter feito suficientemente para conosco, sustentando-nos durante o tempo da guerra, aceitaríamos a continuação das despesas futuras. Explique, então, o que acreditar que deva ser feito a esse respeito, logo que tiver conseguido informação junto a quem de direito.

 

14o --- Para os externos que apenas seguem os cursos dos Jesuítas, sua situação é assimilável à dos teólogos e podem ser considerados como pesando sobre a casa que os admite? Isso é, ao menos, muito duvidoso.

 

Deixo-o, meu bom irmão e venerado amigo, para correr em nosso triste Paris que não tem nem nem lei mas, em contrapartida, muito orgulho e muita tagarelice.

 

Reze por nós e lhe retribuímos, de nosso lado, com a afeição fraterna que conhecee.

 

Seu respeitoso irmão em N.S.

                                               B. de Varax

                                               padre de SVP.

 

Peço-lhe, meu caro amigo, para fazer chegar a palavra anexada ao Sr. Piquet. Se precisar de dinheiro para sua viagem, poderá adiantá-lo, com a condição de receber essa importância por ocasião de sua próxima viagem?

 

Acho que o Sr. Jean-Marie poderia, em sua ausência, ser chefe interino da pequena comunidade.

 

Para o Sr. Vernay, sua saúde sofre sem dúvida por sua vida sedentária em internato. Os Srs. do seminário admitiriam, por motivo de saúde, que fosse às aulas, por um tempo, como externo? Não vejo muito outro meio.

                                               Le Prevost

 

 




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