Fim do P.S.
do Sr. Le Prevost (e as parênteses em negrito na carta).
Reorganização
do pessoal nas obras da Bélgica e da França.
Vaugirard,
domingo 12 de março de 1871
Meu
venerado irmão,
Respondo
da parte do Padre Geral a suas duas últimas cartas.
O
Sr. Garault, chegado ontem à noite, está em Chaville nesta manhã e trabalhará
para desentulhar o pobre noviciado do lixo inimigo. Parece que são os
currais de Augias!
Ele
não tem bastante dinheiro, o Sr. Lefort pôde dar-lhe um pouco, felizmente. As
pousadas, etc... são a causa... Obrigado por seus excelentes detalhes sobre o
Sr. Vialloux.
Acabamos
de escrever a Verdun para a dimissória do Sr. Cauroy. Deus esteja com esse caro
filho e lhe mande, dando-lhe o selo do subdiaconato, o espírito de sacrifício e
de imolação: jugiter... o que digo, não como crítica, mas como a coisa
mais capaz de lhe fazer encontrar consolação nesta vida... amara valde!
Se
o Sr. Maignen vai visitá-lo em Tournay, se espera que possa satisfazer aos
diversos recados pedidos. O livro das Constitutions, os Catéchismes
des voeux estão anotados. O dinheiro será enviado igualmente. Se, como se
pode temer hoje, o Sr. Maignen não fosse para lá por causa de seus afazeres do
Círculo, receberia visitante (Sr. de Varax, sem dúvida), ou ao menos o
dinheiro por outro meio.
O
Sr. d’Arbois escreve que estará livre somente no dia 20, quer dizer, em Paris,
somente no dia 25. Isso dá um pouquinho de margem para seus próprios
movimentos.
Desde
já, se quiser, podem ser enviados a Nazareth e Vaugirard os Srs. Hubert e
Lemaire. O Sr. Risse escreve que tem necessidade de uma pessoa, poderia ser-lhe
reservado o Sr. Allard. Vamos escrever sobre isso a Metz. É econômico e mais
expeditivo fazer seguir a via belga e luxemburguesa ao enviado de Tournay para
Metz. O Sr. Risse se entenderá imediatamente com você.
Não
acha que seria melhor para a Congregação guardar em Tournay o Sr. Coquerel em
vez do Sr. Jean-Marie [Tourniquet]? O posto de Saint Charles, que aguarda um ou
outro desses Srs., é bem perigoso para um homem ainda pouco formado,
pois é um posto onde se é absolutamente sozinho. Sob seu olhar, o Sr. Coquerel
faria, parece-nos, obras mesmo absorventes sem perigo para sua vocação; em
Saint-Charles, o Sr. Jean-Marie suportaria os perigos muito mais seguramente?
Quer
ter a bondade de escrever logo ao Sr. Manque, da parte do Padre Superior, que
pode se pôr a caminho para Paris logo que quiser. Está sendo esperado e será
acolhido com alegria.
Chego
à questão capital de sua carta, a dos estudantes. Segundo todos os aspectos,
parece indispensável não precipitar, de modo nenhum, a volta deles. Mais vale aceitar
pagar a pensão de cada um até o mês de agosto. Como, sem perigos, interromper
um ano de estudos bem iniciado? Chaville, aliás, e Vaugirard também por outros
motivos, não estão em condições de abrigar o pequeno rebanho. Enfim, seria
preciso de um pastor a mais e temos necessidade, na falta de pastores, de não
aumentar o número de rebanhos já numerosos demais.
A
pensão de Lepage e de Pialot será paga, assim como a de Prevost, à comunidade
de Tournay pela comunidade-mãe, quer dizer no fim do ano. Terá havido tempo
para dar-se um jeito e estudar o processo a seguir para a volta às aulas.
A
questão interior de vigilância é bem mais difícil a resolver: é possível chegar
a funcionar sem um vigilante especial? Suas obrigações particulares o colocam
na impossibilidade de tomar em parte esse cuidado? Nenhum dos irmãos em função
à noite e no domingo teria a capacidade ou liberdade para substituí-lo,
na medida do necessário, junto a essa juventude? O homem do Courrier de
l’Escaut, por exemplo, teria tempo livre para cuidar dos Perseverantes?
Cheguei a sugerir ao Padre Geral a idéia de, talvez, (como se precisa de um
homem firme e seguro nessa função) ser empregado com sucesso o Sr. Vernay,
suspendendo seus cursos de teologia para dar-lhe descanso na atividade.
Aqui
dois jovens, Imhoff e Duvigny, estão mais do que prontos para serem adjuntos a
seus jovens predecessores... Se essa pequena categoria fosse bem organizada
daqui ao mês de agosto, poderíamos utilmente colocar os dois novatos nos
estudos com os outros.
Verá,
meu caro e bom irmão, o que há de prático em tudo isso e fará suas observações,
seja por carta, seja quando vier aqui.
Termino
aqui, tendo desenvolvido tudo, acho. Junto meus afetuosos sentimentos para com
todos e a bênção do Padre para cada um, para você sobretudo, caro amigo, que
carrega a responsabilidade, quer dizer o fardo pesado por excelência
José,
pai da Santa Família, esteja com você.
Seu
humilde pequeno irmão em N.S.
B. de Varax
padre de SVP.
1o
A importância que lhe enviaria, para as viagens, o Padre Superior, seria de 150f. Seria suficiente?
2o
Assegurar-se, antes de tomar uma decisão, de que os estudos assim como as
pensões do seminário, não são exorbitantes e fora de alcance para nós.
3o
Os latinistas tomam algumas refeições no colégio ou somente recebem o ensino?
4o
A idéia de colocar o Sr. Vernay como mentor dos perseverantes (interrompendo
seus estudos) não agrada muito ao Padre Superior.
5o
Em vista de um prolongamento de estada além do tempo das férias escolares em
Tournay, não é muito essencial prever desde hoje, de uma maneira um pouco
precisa, quais meios de existência seriam assegurados aos irmãos que seriam
consagrados às obras? Seu número, segundo nossos costumes, deveria ser
proporcional à importância dos ditos recursos.
Letra do Sr. Le Prevost.
Não
capto bem o sentimento que incita o Sr. Vernay a desejar tanto sua volta à
França. É com muita dificuldade que, ali, ficaria preservado de todo golpe no
ponto de vista do serviço militar. Ele é sensato demais e cristão demais para
prejudicar seus estudos e, talvez, a firmeza de sua vocação, cedendo a um
momento de saudade? Está insatisfeito com o ensino do seminário de Tournay? Não
sei qual explicação descobrir para essa fraqueza.
Seu
todo afeiçoado
Le Prevost