Dificuldades
causadas pela Comuna ao governo do Instituto. O canonicato do Sr. d’Arbois.
Batalhas ao redor de Chaville.
Chaville,
6 de abril de 1871
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
As
cartas escritas por você e pelo Sr. [Ad.] Lainé chegaram; atualmente, as que
nos escrever devem ser endereçadas para cá, porque o serviço do correio em
Paris é inexato e inseguro.
Estamos,
neste momento, tão dispersos que não vejo claramente que pessoa poderá ser-lhe
enviada para suas obras. Aqueles, entre nossos irmãos, que estão em Paris, não
podem sair. Ontem, esperávamos vários dentre eles que deviam vir para cá.
Somente dois puderam chegar, após longos desvios e uma estrada cansativa. Devem
ter sido bloqueados nas portas. A estrada de ferro não funciona mais há muitos
dias. Estamos separados de Paris, como no tempo do sítio. O Sr. Guichard está
sempre em Metz, e estamos sem notícias dele. Logo que tivermos saído dessas
perturbações e confusões tão penosas, nos apressaremos em levar-lhes ajuda, na
medida de nossos recursos. Os guardas nacionais obrigam todos os homens válidos
a andar, queiram ou não queiram. Não sei o que vai acontecer com os dos nossos
que estão em Paris, com o Sr. Henry [Piquet] em particular.
O
Sr. Lantiez pensava, até agora, que lhe seria necessário ficar no centro da
Comunidade, cujo apoio moral lhe é necessário. Verei, logo que pudermos nos
reunir, o que ele deseja definitivamente.
Para
o canonicato, teria sido melhor, acho, segundo o espírito de nosso
Instituto,que essa honra não nos fosse atribuída, mas Monsenhor já tendo
publicado a nomeação, talvez fosse um processo pouco amável recusar em seguida. O Sr. de
Varax acha que é, sobretudo, ao Diretor do Coral que o título honorífico é
concedido. Motivo a mais para não fazer questão, já que o Coral deixará, no mês
de agosto, de estar em nossas mãos. Acha também que não me seria necessário
escrever a Monsenhor de Angers para lhe agradecer, para que o fato fosse como
que tacitamente tolerado antes de aceito. Deixo, todavia, que você julgue a
situação e seguirei o parecer que me der.
Agradeço-lhe
pela informação sobre o título de que lhe falaram. Escreveram a Tournay para
ter certeza de que está lá ou não.
Recebi
com prazer a pequena carta de nosso caro Sr. Adolphe Lainé. Estou feliz com o
pensamento de que sua volta já é um grande alívio para o fardo que levava e que
era verdadeiramente pesado demais para suas forças.
Rezemos
muito, cada um de nós em seu lugar, para que as discórdias lamentáveis que
rasgam nosso pobre país, já tão infeliz, tenham logo seu fim. Possa o grande
dia da Ressurreição de nosso divino Senhor ser também, no temporal, o dia de
nossa libertação e de nossa pacificação.
Afeição
a seus irmãos e a você bem cordialmente.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
No
domingo e na segunda-feira, as batalhas aconteciam bem ao nosso redor:
Châtillon, Meudon, Bellevue, Vélizy. Temos 2.000 ou 3.000 soldados acampados do
lado do Sr. Fourchon e, para dizer a verdade, em nossa propriedade, já que
todas as cercas foram queimadas e destruídas. Assim, estão tantas vezes em casa
como em seu acampamento. O que os Prussianos pouparam da madeira é cortado por
eles. Sofremos até o fim pelos estragos da guerra. Que a santa vontade de Deus
seja feita em nós e em tudo o que é nosso!