Nossas
Constituições relutam em aceitar um título de cônego honorário. Precauções
aconselhadas a um jovem irmão.
Chaville,
9 de abril de [1871]
Páscoa
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Respondo
depressa e precisamente, como me pede, à sua pergunta sobre o canonicato
honorário que a bondade de Monsenhor de Angers quer lhe conferir. Para mim,
posso dizer também para nós, embora não tenha sido possível consultar o
Conselho do qual estou momentaneamente separado (fora o Sr. de Varax), a
decisão não seria duvidosa: essa honra é rejeitada pelo espírito de nossas
Constituições, que nos querem na humildade e na pobreza convenientes para
servos dos operários e dos pobres.
A
única causa de hesitação é o medo de desgostar Monsenhor de Angers e de
responder por uma recusa a um testemunho de benevolência e de estima. Se,
portanto, pode, sem causar ao Venerável Prelado uma contrariedade sensível,
fazer-lhe aceitar as razões que nos fariam recusar esse título honorífico,
julgo claramente que deve agir com conseqüência. Em caso contrário,
inclinaremos para a caridade que manda a gratidão para todo favor e para todo
procedimento amável, e irá buscar nesse sentido o motivo de sua aceitação, mas,
repito, não sem que fique para nós, aqui, um pesar sincero, tanto mais que
resultará do fato um antecedente que terá seu perigo.
Para
tudo o que diz respeito ao jovem Gauthier, partilho seu sentimento e aprovo a
decisão que toma.
Lamento
não ter visto nosso caro Léon Guichard, em sua passagem perto de nós. Não tenho
tempo para lhe escrever, mas exorte-o com insistência de minha parte a não
freqüentar de modo nenhum os militares que conheceu durante os meses de seu
serviço. Veria nisso, para ele como para nós, inconvenientes muito notáveis.
Queria fazer-lhe essa recomendação, faça-a de minha parte. Seu futuro no
caminho das obras santas está muito ligado a este fato. Aguardo de seu espírito
de obediência e de sua cordial afeição para conosco que levará muito em conta
estas minhas observações urgentes a esse respeito. Convide-o a me escrever
algumas palavras que me dêem inteiro sossego.
Estamos
sem comunicação possível com nossos irmãos de Paris. As cartas chegam mal ou
não chegam nesta cidade. Aqui mesmo, podem sofrer atrasos, pois recebo de você
duas juntas: uma do dia 31 de março, a outra do 6 de abril.
Afeições
a nossos irmãos e a você bem particularmente.
Seu
amigo e Pai em N.S,
Le Prevost
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