O
Sr. Le Prevost escreve a Dom Delaplace, Vigário apostólico de Pékin, Bispo
Lazarista, (então presente na rua de Sèvres) a respeito da nota sobre o Pe.
Planchat. Esperança de revê-lo, em nome de uma antiga amizade.
Chaville, 21 de julho de 1871
Caro Monsenhor,
Endereço-lhe, em anexo, a resposta à carta da irmã de
nosso irmão, o padre Planchat, que Sua Excelência me mandou no dia 10 deste mês.
Contento-me em dar-lhe alguns pormenores próprios a lhe dar consolo. Um de
nossos irmãos está preparando neste momento uma nota de certa extensão sobre
esse caríssimo padre. Logo que estiver impressa, vou oferecer-lhe dois
exemplares, um para Sua Excelência, o outro para sua digna irmã que encontrará
ali resposta que condiz com seus desejos e sua afeição.
Agradeço-lhe muito por suas boas lembranças e por sua
promessa de visita. É com alegria que o reverei, pois os laços, já tão antigos,
que Deus estabeleceu entre nós só fizeram estreitar-se mais, apesar de nossas
separações longínquas e prolongadas. Com efeito, embora num grau inferior, é
verdade, tive, como Sua Excelência, o precioso privilégio de me tornar filho de
São Vicente de Paulo.
Peço-lhe para me desculpar se, tomando eu mesmo a
dianteira, não previno sua visita. Minhas pernas ruins são a causa. Só consigo
tomar parte nos recreios de nossos irmãos, nas alamedas da clausura, com o
socorro de um pequeno carro, ou pelo menos de duas bengalas que me servem de
apoio.
Peço-lhe para receber os protestos de meus sentimentos
de respeito e de bem cordial devotamento em N.S.
Le Prevost
P.S. Acho dever preveni-lo, para poupar-lhe um incômodo
que não me daria a consolação de vê-lo, que presentemente, e por um tempo
indeterminado, estou morando habitualmente em Chaville.
Não estou muito em nosso orfanato de Vaugirard fora do
sábado.
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