Uma
palavra sobre as Servas do Sagrado Coração. Razões que não nos permitem,
atualmente, fazer uma fundação na Inglaterra.
Chaville, 2 de janeiro de 1872
Meu excelente padre e filho em N.S.,
Somos bem sensíveis ao testemunho de afeição que
conserva pela pequena família, que as distâncias não o deixam esquecer.
Interessamo-nos sempre por suas Irmãs e por seus
êxitos nas obras de Deus. As que temos sob o nosso olhar em Vaugirard vão muito
bem. Tive a ocasião de vê-las e de conversar com cada uma delas no fim do
trimestre, e pude constatar suas boas disposições. A própria Superiora me dizia
que estavam contentes, e que tudo ia bem. Vemos com prazer que essa
pequena Sociedade, pela qual você foi o instrumento da Providência, se espalha
cada vez mais para a glória de Deus.
Para as proposições que nos faz, não vemos bem que
tenha chegado o momento de dar seguimento. Iríamos de bom grado, sob o bom
prazer de Monsenhor Manning, tomar parte no bem que se faz e trabalhar para a
regeneração que se prepara na Inglaterra, mas sabe o quanto estamos pobres em
pessoal neste momento. Além disso, não temos irmãos que saibam o inglês. O
tempo de formar alguns para essa obra seria bem longo e talvez fosse preferível
que, segundo as vocações que faz esperar entre os Irlandeses, alguns, tendo
noções suficientes do francês para viverem em convívio habitual conosco e se
formarem ao nosso tipo de vida, fossem dirigidos para nossa Casa-Mãe. Após um
tempo suficiente de formação, essas pessoas poderiam retornar à Inglaterra, com
um ou dois franceses, e trabalhar então nas obras que lhes confiaria a
benevolência de Monsenhor Manning. Até lá, francamente, nos pareceria difícil
empreender qualquer coisa desse lado.
Todos os nossos irmãos lhe mandam sua lembrança
afetuosa e rezam por suas obras.
Adeus, meu caríssimo irmão, acredite em minha afeição
cordial e bem devotada em N.S.
Le Prevost, padre