P.S.
do Sr. Le Prevost
A
carta do Sr. Trousseau lhe causou uma doce consolação. O congresso de Poitiers.
Chaville, 31 de agosto de 1872
Meu
caríssimo Padre,
Li a nossas
caras crianças sua amável carta que recebi ontem. Ficamos bem comovidos, tenha
a certeza, por suas boas lembranças. Que coisa consoladora, a comunhão dos
santos! Quarta-feira, na Bélgica, fazia em comunidade a romaria de Bom-Secours.
Pensava em seu pequeno Noviciado aos pés da Santa Virgem. No dia seguinte,
quinta-feira, nós fazíamos a romaria de Longpont, e toda essa mesma pequena
família, pela qual implorava na véspera a proteção de Maria, se achava
prosternada com amor aos pés de nossa boa Mãe, em outro de seus mais venerados
santuários.
Passeio
encantador, favorecido por um tempo tal como era de se desejar, pequeno
especial na copiosa colação, em uma palavra, dia cheio de boas lembranças para
as almas, os corações, como para os corpos. Agora que me encontro instalado em
Chaville no meio dessas boas crianças, começo a não mais desejar tanto como
antes ir, aos domingos, às obras. E parece-me que me veria, agora, sem
dificuldade, dispensado de ir a Sainte Anne.
Deveria
falar-lhe bem mais coisas. Permita-me abreviar, hoje, meu caríssimo Padre,
porque, infelizmente, não tenho a atividade e a facilidade de trabalho de que
tanto precisaria. Desde hoje mesmo, seus recados serão feitos, as pequenas
brochuras serão levadas amanhã.
Daqui
alguns instantes, vamos ter um Conselho com o Pe. Superior. Esse bom Padre
deseja ver nossas crianças se entregarem de novo a alguns trabalhos intelectuais.
Digne-se
aceitar, meu caríssimo Padre, os protestos do sincero devotamento com o qual
sou, para o amor de N.S.
Seu todo
obediente servo,
G. Chéron
P.S. Não
acho o caderno que me pede sobre a explicação dos diversos exercícios de
comunidade, mas o procurarei prontamente. O bom Padre Superior aceita de bom
grado o envio da Semaine Religieuse de Tournay.
Ainda não
tive um momento, meu caríssimo filho, para lhe escrever, para responder à sua
cara carta tão cordial, tão afetuosa. Causou-me uma doce consolação, fazendo-me
sentir melhor, ao mesmo tempo, quanto ia me fazer falta. Escreverei-lhe nesta
semana. Até agora, tudo vai quase como de costume, procuro não mudar nada,
sabendo que tudo estava bem regrado.
Ainda não
sei nada em detalhe sobre o congresso. Acho que ficaram contentes: assembléia
de 360 pessoas.
Adeus, até
logo. Afeição a nossos irmãos e terno devotamento para você.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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