O Sr. Bailly está
indisposto. Os Confrades encarregaram o Sr. Le Prevost de lhe escrever.
Atividades da Conferência.
Paris, dia
23 de setembro de 1835
Senhor e amigo,
Ficara sabendo à sua porta, onde várias vezes me apresentei para ter suas notícias,
do acidente que o retém longe de nós. Não era sem lamentar, eu lhe asseguro,
que, em cada reunião, me via obrigado a anunciar que, mais uma vez, estaríamos
sem você, pois, julgando o coração de todos pelo meu, eu sabia, de antemão, o
sofrimento deles. As frontes ainda ontem se contraíram com esse anúncio. Por
isso, logo me apressei em acrescentar, para alegrá-los, que, terça-feira
sem falta, a Sociedade voltaria a ter seu presidente. Sua excelente carta foi
lida então quase inteira para fortalecer essa esperança.
Por unanimidade me pediram para escrever-lhe, agradecer-lhe por uma lembrança
tão amável, e sobretudo pela afeição terna e verdadeiramente paterna que
expressa por nós. Todos esses filhos sentem, juro-lhe, o que você vale por eles.
Eles estão vivamente conscientes disso, e esse sentimento não será sem força
para conservá-los bons e dignos de você. Temos pensado que as melhores graças a
retribuir-lhe eram a oração, por isso não encerramos a reunião sem recomendar
você e os seus à misericórdia do Senhor. Possa ele lembrar-se disso e guardá-lo
preciosamente.
Somos bem poucos, nem precisa dizer; no entanto, não deixamos de visitar ainda
umas sessenta famílias. O dinheiro até agora não faltou e o zelo, menos ainda.
Os Srs. Louis e de Lalice visitam a prisão com muita perseverança, sem prejuízo
de outras obras. Podemos contá-los doravante entre os membros mais firmes da
Sociedade. Tudo permaneceu de forma costumeira; tentei seguir seu modo de agir,
tomar um pouco de sua mansidão e paciência, apagar-me humildemente e deixar
parte suficiente a todos. Mas tudo isso está em escala bem pequena, como dez a
duzentos, numa proporção bem conservada.
Para satisfazer plenamente sua solicitude, acrescento que a saúde dos confrades
é boa e que os ausentes, pelo menos os que conheço, prosperam e estão no bom
caminho. O Sr. Levassor me escreve de Chartres, seus negócios vão bem, entregou
a decisão a dois santos padres que o dirigem ali há muitos anos; um outro (o
Sr. Decaux, de Angoulême) me pede para ver o Sr. padre Buquet em seu nome:
desejaria fazer em Stanislas um primeiro ano de teologia, bem secretamente, uma vez que sua família se opõe.
Adeus, Senhor e amigo, não preciso, ao terminar, declarar-me todo seu, você sabe
muito bem, espero, que já sou todo seu. Faça de mim o que quiser, suas
intenções em tudo são tão piedosas e tão boas que a elas concorrer haverá de me
parecer sempre tão feliz quanto seguro.
Apresento à Sra. Bailly minha homenagem, a você, os sentimentos respeitosos e
devotados de
Seu muito humilde e muito obediente servo,
Le Prevost
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