Testemunho de afeição. À procura de uma pensão
para a Sra. de Houdetot e sua mãe.
Chaville,
15 de dezembro de 1872
Meu
caríssimo filho em N.S.,
O
Sr. Streicher, por si mesmo, já me tinha falado da festa do R.P. Foinel, e
estava combinado entre nós que iria lhe oferecer seu respeito e seus votos. Não
tenho certeza de que possa passar o dia inteiro no Círculo, pois nosso pessoal
é tão reduzido que dificilmente admitimos ausências prolongadas. Fará tudo o
que a ordem do dia tornar possível.
Não
acredite, meu caríssimo filho, que me mostro suscetível a seu respeito. Tinha
reparado que, na festa do Sr. Myionnet e na da Imaculada Conceição, não tinha
vindo me ver. Sinto-me agora um pouco mais abandonado do que antes, temia que
essa necessidade de posição se estendesse até você. Não me sentia forte para
esse último sacrifício. Espero que Deus o adie para mim até esse momento em que
a última fibra do coração for cortada com aquela que sustenta a vida. Essa
afeição foi formada com Ele e para Ele, não tira nada do que Lhe é devido. Sua
tão filial carta me assegura que está vendo bem as coisas assim, deu-me um
profundo contentamento pelo qual agradeço-lhe.
Seu
todo devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
P.S. Conhece alguma casa ou pensão digna, onde duas damas de alta posição [Sras
de Houdetot e d’Hurbal] poderiam se alojar para alguns meses de inverno? Uma
comunidade lhes parece um pouco severa, embora sejam muito cristãs, porque
desejariam um pouco de sociedade à noite. Mas são difíceis para a escolha dessa
companhia. Receio que essas condições reunidas, de conveniência e de diversão,
sejam quase impossíveis de se encontrar. Se conhece algo que se aproxima disso,
diga-me, por favor. Adeus, amigo.