A
respeito de sua próxima estada em
Paris. As buscas do Sr. Le Prevost para uma pensão não deram resultado.
Chaville, 1o de janeiro de 1873
Senhora Marquesa,
Fiquei feliz por receber notícias suas pela boa e
amável carta que teve a bondade de me escrever, feliz sobretudo por sabê-la,
assim como a Senhora sua mãe, em melhor saúde, feliz, finalmente, por ficar
sabendo que sua volta a Paris está muito próxima. Daqui a 15 dias, estará
na proximidade de nós e os que lhe são devotados poderão gozar de sua
presença. Ninguém, todavia, já sabe atualmente (presumo ao menos) onde deveria
ir para dar a si mesmo essa satisfação. Sua carta me informa, com efeito, que
ainda não tomou determinação alguma sobre a residência que escolherá. Procurei
atentamente alguma escolha que poderia lhe ser proposta, não achei nenhuma que
me pareça reunir as diversas condições que desejaria encontrar. A casa que,
mais do que outras, me pareceria apresentar as mais essenciais seria a das
Dames Bénédictines [Augustines], da rua de la Santé, bairro Saint Jacques. O estabelecimento é
perfeito, com uma linda capela, um grande jardim, senhoras pensionistas de
sociedade seleta. O afastamento seria, no meu entender, a única objeção, pois
os preços de pensão não têm nada de exagerado e os apartamentos são muito
convenientes.
A dificuldade do afastamento é, aliás, muito diminuída
pela freqüência dos meios de comunicação por ônibus e viaturas em todas as
direções. Pessoas muito minhas conhecidas residiram longamente nessa casa
com uma inteira satisfação. Na falta de encontrar um lugar que lhe convenha
melhor, se a Senhora Marquesa se detivesse no pensamento de experimentar aquele
de que se trata, procuraria tomar algumas informações sobre os alojamentos de
que o estabelecimento poderia presentemente dispor.
É possível que existam outras casas em bairro mais
central, que oferecessem vantagens iguais, mas não as conheço e todos os meus
inquéritos não chegaram a resultado nenhum. É a inutilidade dessas buscas que
me impediu, Senhora Marquesa, de entretê-la mais cedo com um assunto que sabia
interessar à Senhora d’Hurbal e à Senhora Marquesa igualmente.
Estou mil vezes comovido por seus votos para nós e
nossos humildes trabalhos. Suas orações obterão, tenho a confiança, que Deus
continue concedendo-nos seu apoio.
Da nossa parte, somos fiéis a incluí-la, assim como
sua cara família, entre as almas generosas e devotadas que têm direito a nossas
lembranças diante do Senhor. Quanto a mim pessoalmente, nunca deixo de
oferecer, a cada semana, o Santo Sacrifício nos dias que lhe são reservados.
Acho que seus três caros filhos vão se aproximar da Sra., se já não estão de
volta a Saint Laurent. Queira assegurá-los (a Srita Marie não vai
entender muito) de que sua lembrança me é presente nas horas mais escolhidas.
Para a Senhora d’Hurbal, sua mãe, está tão unida à Sra. que nunca a separo da
sua pessoa.
Queira aceitar, Senhora Marquesa, os novos protestos
do profundo respeito com o qual sou
Seu humilde e devotado servo
Le Prevost