O
Sr. Le Prevost pede para ser liberado da condução da casa de Chaville.
Chaville, 24 de fevereiro de 1873
Meu caro amigo e filho em N.S.,
Pensei, já há um certo tempo, que a Quaresma, à qual
estamos chegando, me seria um momento propício para fazer um retiro, senão
absoluto, ao menos de recolhimento habitual e contínuo. Mas seria necessário,
para tanto, que fosse liberado da administração da casa de Chaville. O
enfraquecimento gradual de minhas forças e alguns indícios de novas
enfermidades são, aliás, para mim, o sinal de uma desistência ainda mais
completa de toda participação nas obras que nos ocupam.
Vou, portanto, lhe pedir, meu caro amigo, para pensar
no meio de me descarregar de minha tarefa em Chaville. Será
leve para ombros jovens, enquanto os meus, envelhecidos demais, correriam risco
de deixar o fardo cair. Se suas medidas nesse sentido pudessem ser um pouco
rápidas, estaria em condições de realizar imediatamente meu projeto de retiro.
De outra forma, e diante da chegada tão próxima da primeira semana de Quaresma,
resignar-me-ia a adiá-lo até a Páscoa, conjurando-o de me devolver, ao menos
para essa época, a inteira liberdade cuja necessidade sinto.
A demasiadamente reduzida aplicação de espírito de que
disponho atualmente me assegura que faria mal a apresentação do assunto de
meditação para a festa de São José. Peço-lhe, portanto, para confiar esse
cuidado a algum outro de nossos irmãos.
Tenho a confiança de que, com uma liberdade maior,
obterei algum aumento do espírito de oração e que, assim, terei a consolação de
prestar ao cêntuplo à nossa cara família o escasso concurso ao qual renunciaria
por outro lado.
Acredite bem, meu caro amigo, em todos os meus
sentimentos de cordial afeição em N.S.
Seu devotado amigo e Pai
Le Prevost