Os
últimos instantes.
Chaville, 28 de outubro de 1874
Senhora
Marquesa,
O bom Deus,
que parecia dever conceder às orações das almas piedosas e devotadas, e
particularmente às suas, Senhora, um prolongamento de vida bastante extenso ao
nosso bem-amado Padre Le Prevost, parece hoje bem perto de chamar esse bom
Padre a Si. Fiat. A pena que deve nos caber por esse luto iminente não
nos será menos sensível do que à Senhora Marquesa, e a estamos pressentindo bem
vivamente. Mas, o que podemos fazer, senão abandonar-nos a Deus que, sabendo
que não há verdadeira felicidade aqui na terra, chama um após outro seus filhos
ao redor de Si, para gozarem, todos juntos, as felicidades da celeste pátria?
Para lá é que devemos orientar nossa esperança, aí está que todos tornaremos a
nos ver.
Nosso R.
Padre recebe abundantemente todos os socorros corporais e espirituais que
reclama seu estado. Não sofre muito no físico, mas suas faculdades mentais
enfraquecem sensivelmente, assim como o funcionamento dos sentidos.
Conhecemos
demais seu devotamento para que tenha necessidade de recomendar nosso caro
doente às suas boas orações.
Queira
receber, Senhora Marquesa, os protestos do profundo respeito de
Seu mui
humilde servo
E. Bouquet
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