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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 64 - ao Sr. Levassor
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64 - ao Sr. Levassor

O Sr. Le Prevost o estimula em sua vocação. nas provações e nos obstáculos um sinal de bênçãos divinas; a vocação é uma “feliz troca”. Tristeza de seu amigo comum, Lambert, que entra no Seminário. Para sua futura incardinação, que seu amigo se abandone à Providência.

 

Paris, 7 de outubro de 1836

 

            Não cheguei até o fim de sua carta, meu caro amigo, sem agradecer a Deus, em toda a efusão de minha alma, pelas grandes graças que lhe fez. Como você lhe pertence mesmo, e como Ele o queria fortemente! Sua conduta para com você é divinamente providencial, cheia de uma economia maravilhosa e de uma misericórdia toda admirável. As rudes provações que você acaba de atravessar são o mais seguro testemunho de sua vocação; não vi nenhuma, em tudo o que me cerca, real e bem  certa, que não tivesse sido também fortemente provada; é o crivo do Senhor. Felizes aqueles que, como você, meu amigo, ficam no meio da boa semente! Não tenha, pois, nenhuma inquietação a respeito de sua perturbação, de sua emoção, do último olhar que deita sobre o mundo; quando se vai deixá-lo, por miserável que seja, achamo-lo lindo, esquecemos o mal que ele nos fez e que quereria nos fazer ainda. Isso é natural e inevitável, ouso até dizer que isso está dentro da ordem de Deus e segundo seu coração. Como Ele provou sua firmeza, sua pelas dificuldades, Ele prova seu amor e seu desejo pelos sacrifícios que você parece fazer-lhe. Sim, que vocêparecefazer, uma simples aparência de sacrifício, pois você troca o nada  pela vida, o erro pela verdade, as paixões vazias pelo amor. Feliz troca, meu amigo, da qual Deus permite que, nesta hora, todo o preço lhe escape, a fim de que tenha o mérito de dar quando é Ele que, realmente, lhe . Como Deus é bom, meu amigo, e como Ele o amou! Ainda me lembro disso e quero ainda agradecer-lhe por você. Isso me emociona até as lágrimas, de tanta suavidade que vejo em seus procedimentos, de tantas promessas para o futuro que vejo também em seus benefícios atuais. Sim, Ele tem grandes desígnios sobre você, se não para fazer aos olhos do mundo grandes obras (isso é seu segredo), ao menos para santificá-lo altamente, se você perseverar na humildade e na mansidão, dons que Ele lhe tem feito e que Ele lhe deixa para cultivar. Devo esquecer, no meio desses graves acontecimentos, a tristeza que me causa humanamente sua perda. Tinha contado com sua estada aqui e, vou dizer-lhe, fui duramente golpeado ao saber que Deus queria diferente.

            Na noite de sua vinda para , eu ia apressadamente à casa de Dona Delatre que me informou da decisão. Que a santa vontade do Senhor seja feita, a cada um sua parte de sacrifício. Houve também um pouco disso nesse caso para nosso amigo, o Sr. Lambert, recentemente de volta e que, entrando segunda-feira em São Sulpício, esperava andar lado a lado com você.

            Pobre jovem, apesar da firmeza de sua vocação, neste último momento, ele está, como você, um pouco triste e abatido; sua vida doce, sua liberdade, seus amigos, tudo isso lhe arrancava ontem algumas lágrimas. A mão de Deus as enxugará. Ele pagará tudo aquilo que tira, e ao cêntuplo. Ele o prometeu, e sua palavra não engana. A mim também, meu caro amigo, Ele terá que me pagar essas duas almas bem-amadas que Ele me tinha dado como apoio e consolação e que Ele me pede de volta agora; não as recusei, Ele o sabe. Ore a Ele para que se lembre disso e que seu amor me a recompensa correspondente!

            Vi o seu amigo Courbe, como você o desejava, e sem demora alguma; você tem sua resposta e todas as suas malas e pacotes se foram; não tenho, portanto, nada a acrescentar sobre esse ponto. O Sr. de Mollevaux quer que você se sem restrição à diocese de Chartres e, sobretudo, que jogue no seio de Deus toda preocupação e toda inquietação de futuro. Afirma que o Senhor, que tão providencialmente o conduziu, agirá ainda da mesma forma doravante, e que, se o desejasse em outro lugar, seus laços com a diocese de Chartres não teriam força alguma contra a mão dele. , portanto, em paz, meu querido irmão, aonde Deus o conduz, que sua graça o guie, que sua luz o ilumine e que Ele o aqueça em seu amor, é o que, cada dia, meus votos e minhas preces vão pedir-lhe por você.

            Seu irmão em J.C.

                                               Le Prevost

            Resolverei o negócio dos aluguéis, sentiremos ainda falta da conferência ausente neste momento; darei um jeito para esta vez. Verei o Sr. Aniche e lhe prestarei conta do resultado.

 

 




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