Privado de amizade, o
Sr. Le Prevost se alegra com a volta do Sr. de Montrond. Vocações de Levassor,
Lambert, Estève.
Paris,
neste dia 15 de outubro de 1836
Meu caro amigo,
Fico sabendo, com uma
viva satisfação, que você deve morar logo em nossa vizinhança. Estávamos no
passado muito isolados: todos os nossos amigos nos tinham deixado. Sua ausência
e a sua em particular, meu caro amigo, nos deixavam um grande vazio. Volte
depressa e fique dos nossos tanto tempo quanto puder.
Nosso amigo Levassor consumiu seu sacrifício, apesar dos muitos obstáculos que
o inimigo lhe suscitou, sobretudo no último momento. Sua firmeza foi admirável
ou antes, Deus, em sua bondade, o amparou e o tornou forte. Mas não é aqui que
ele deve ficar. Por concessão aos desejos de sua família, deve ficar no
Seminário de Chartres. Seus Superiores foram unânimes em considerar que ele devia
conceder a seus pais essa consolação. Reze por ele: creio que Deus o chama a
uma grande perfeição, pois é manso e humilde. Sinto vivamente sua
ausência, mas Deus saberá guardá-lo melhor e amá-lo melhor do que eu, que
lho abandono, embora isso me seja custoso. Oxalá o mantenha bem perto de si!
O Sr. Lambert está também fora do mundo desde segunda-feira passada; ele está em São Sulpício
com o nosso amigo, o Sr. Estève. Reencontraremos a ambos ali.
Adeus, meu caro amigo, volte logo. Sinto em mim uma grande necessidade de estar
de novo cercado de algumas almas bondosas e amantes. O círculo diminuiu tanto
em densidade ao redor de mim que, às vezes, isso me desanima um pouco. Você me
reerguerá, me edificará como sempre por suas palavras e seus exemplos. Tenho
disso, neste momento, uma urgente e grande necessidade.
Até logo. Seu todo devotado amigo e irmão em J.C.
Le Prevost
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