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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 73 - ao Sr. Levassor
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73 - ao Sr. Levassor

Dedicação e zelo do Sr. Le Prevost junto aos pobres. Uma benfeitora está doente; aceitação cristã da doença. Pedido instante de orações por sua esposa, a quem convenceu de levar uma pequena medalha.

 

Paris, 29 de dezembro de 1837

 

Meu muito querido amigo e irmão em J.C.,

 

Recebi sua carta com os 30 francos para o aluguel de suas pobres senhoras; procurarei reunir o resto e espero que a Providência proverá a isso desta vez como no passado.

 

Fico, por ocasião dessas pobres senhoras, encarregado de um recado para você da parte de Dona Houdan. Ela o avisa que não tem mais possibilidade doravante de gerir os pequenos juros que você lhe havia confiado e que será substituída nesse cargo pela Senhorita Montvoisin (atualmente morando com a Senhorita Dumay) a quem será bom que mande fundos, visto que os recursos deixados por você estão inteiramente esgotados.

 

Vocêsabe talvez, meu caro amigo, por que a boa Sra. Houdan lhe esse aviso; é porque sua saúde está tão alterada desde há vários meses que toda ocupação exterior se torna impossível a ela. Ignoro o triste estado dessa excelente senhora e fiquei dolorosamente impressionado por sua posição; ela é tal, meu caro amigo, que algumas semanas parecem o termo de sua carreira. Desde certo tempo, seu peito foi afetado da maneira mais grave, e os cuidados e a ciência fracassaram para remediar isso. Sua resignação e sua paciência são tantas que se poderia esperar de uma alma tão generosamente dada a Deus, e Deus, por sua vez, a recompensa disso por grandes consolações espirituais. Monsenhor de Nancy vem dizer-lhe a Santa Missa freqüentemente em seu apartamento e, cada cinco dias, a Santa Comunhão lhe é dada por autorização de Monsenhor o Arcebispo de Paris.

 

Acrescento, meu caro amigo, e é um ponto essencial,  que do 3 ao 12 de janeiro, o Príncipe Hohenlohe deve fazer uma novena à intenção dela. A doente pede o sufrágio de suas orações mais fervorosas; as práticas são deixadas à escolha com simples recomendação de devoção e lembrança aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.

 

Dona Houdan espera muito dessa piedosa intercessão e espera por aí seu restabelecimento. Sem isso, meu caro amigo, quer dizer exceto o caso de milagre, a cura é impossível. Aliás, o sacrifício é consumado pela pobre doente. Você ama a Deus bastante, lhe dizia eu, para bendizê-lo ainda, se, em lugar da saúde, Ele lhe concede um acréscimo de graças espirituais? Oh! sim, respondeu ela, sua santíssima vontade seja feita! Seguramente, meu caro amigo, não se pode defender de emoção vendo-a tão fraca, tão esgotada; mas, no entanto, não saberíamos lastimá-la, não é verdade? Morrer assim é uma sorte bem digna de inveja, e possa o Senhor conceder aos nossos votos uma tal morte, fosse ela bem rápida, fosse ela também penosa e dolorosa.

 

Adeus, meu caro amigo, é tudo o que tenho tempo de dizer-lhe hoje, mandar-lhe-ei logo informações a respeito dos cursos de Saint-Sulpice.

Seu irmão em J.C.

 

                                                Le Prevost

                                               (reze por mim)

 

P.S. Minha mulher consentiu em levar uma pequena medalha, reze por mim, caro irmão, bem instantemente por ela.

 




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