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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 86 - ao Sr. d’Assonville
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86 - ao Sr. dAssonville94

Parabéns pelo nascimento do  filho. A piedade para com a Virgem Maria,  nas famílias. Deus e seu amor, objetivo de toda existência humana. Confraria dos artistas. Deus e a arte.

 

[23 de julho de 1841]

 

            Meu querido confrade,

 

            Como você é amável, por nos ter comunicado logo o feliz evento que veio alegrar sua família e trazer sobretudo a alegria em seu coração tão terno e tão amante. Acredite, querido amigo, que se eu sou um pouco demorado para lhe responder, isso não impediu que tomasse vivamente parte na sua felicidade. Todos os nossos confrades juntos rezaram pela criança recém-nascida, e do meu lado, a recomendei a Deus, particularmente no tempo que você me havia indicado.

 

            Sua terna piedade para com Maria lhe será bem paga seguramente, ela adotará essa criança que você lhe deu, vigiará sobre ela e a guardará para o Senhor. Se em cada família costumes tão santos fossem habituais, o mundo mudaria de face, tornaria a ser cristão e, com a felicidade da geração presente, asseguraria ainda a das gerações futuras.

 

            Tenha a bondade, caro amigo, de transmitir meus parabéns à Senhora dAssonville e de me fazer também lembrado por seu bom pai, cuja alegria toda partilho igualmente.

 

            Temos recebido estes últimos dias notícias do Sr. de Cantricaut que, por sua vez,  nos informa que sua criança nasceu. É uma filha; Deus partilha seus dons; talvez essas duas queridas crianças venham a se encontrar um  dia no mundo como seus pais nele se encontraram. Possa seu caminho, qualquer que seja, e seu destino neste mundo ser bom e levar bem direto ao objetivo de toda existência humana: Deus e seu amor. É seu voto por seu filho, caro amigo, e associo-me a ele de coração.

 

            Nossas pequenas associações vão sempre bastante bem; a Confraria dos Artistas que o interessa em particular se mantém e progride; que alegria se alguma feliz reação pudesse realizar-se nas artes; se os artistas subissem novamente enfim à única fonte do belo, compreendessem o fim verdadeiro da arte, a grandeza de sua missão e a obrigação que tem  todo ser humano dotado de gênio ou de talento de fazê-los servir a glorificar o autor desses dons, a engrandecer sua alma e elevar a alma de seus irmãos!

 

            Estamos bem longe disso hoje, mas chegaremos talvez um dia. Se seu pequeno filho pintar como você um dia, oh! como estou bem certo que você soprará em sua alma santas inspirações para espiritualizar suas obras e dar-lhes o valor de atos morais, que pesam diante de Deus e são os únicos a merecer também a glória e a estima dos homens.

 

            Adeus, caro amigo, informe-nos das coisas que o interessam, e acredite no terno apego de

           

Seu devotado irmão em J.C.

                                               Le Prevost

 





94 Pierre dAssonville, confrade de São Vicente de Paulo, era artista-pintor. Acrescenta na carta: “chegada em Metz neste dia 24 de julho de 1841”. A data, que falta, é o dia 23 de julho, ao mais tardar.





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