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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 91 - ao Sr. Levassor
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91 - ao Sr. Levassor

Disposições financeiras concernentes à Conferência. Notícias de sua saúde e de suas obras de caridade.

 

Paris, 16 de setembro de 1842

 

            Meu caríssimo amigo e irmão,

 

            Seu silêncio, após minha última carta, me deixou incerto sobre os meios que você queria tomar para fazer chegar até mim o dinheiro destinado a suas pobres Senhoras. Limitei-me, em conseqüência, a fazer o adiantamento puro e simples dos 30f necessários aos aluguéis e não mandei pegar nada com o Sr. seu irmão, embora lhe tivesse escrito para dar-lhe um aviso contrário.

 

            Terei, estes dias, que reclamar novamente sua mediação obsequiosa, para fazer chegar uma pequena importância à Normandia. Peço-lhe, portanto, caríssimo amigo, para me escrever o quanto antes para me dizer em que termos devo fazer meu pedido. Trata-se de saber se, primeiro, será preciso deduzir, sobre o dinheiro que ele tiver a bondade de encaminhar para , para mim, os 30f que adiantei para o último trimestre. Preciso saber, também, quanto ao trimestre cujo prazo vai vencer, se se deve também fazer a dedução.

 

            Ficar-lhe-ei sinceramente obrigado, caro amigo, se me escrever logo, pois a pequena disposição que tenho a tomar, de meu lado, para a Normandia, vai ser bastante urgente.

 

            Estou bem feliz que esta ocasião o obrigue a me dar notícias, porque você me faz muito jejuar delas. Você derrama em abundância os conselhos e as palavras edificantes sobre todos aqueles que o rodeiam e sobre outros ainda, sem dúvida, por suas correspondências; este santo alimento seria certamente bom para mim também e se, por sobriedade espiritual, não o solicito com ardor demasiado, acredite, caro amigo, que ele, no entanto, me reconfortaria muito maravilhosamente. Estou quase sempre sofrendo e tão fraco das pernas e do espírito, que não faço quase mais nada em obra de caridade. A inutilidade de minha vida pesa às vezes sobre mim e tenho a necessidade de me lembrar que devemos estar como o quer nosso divino Mestre, e não como nos agradaria a nós mesmos.

 

            Quanto a você, caro amigo, trabalha corajosamente na cura das almas e está entre os operários da vinha santa. Abençôo de coração por isso nosso bem-amado Senhor e peço-lhe, como seu irmão e terno amigo, para me dar uma pequena parte nos seus méritos.

 

            Adeus, caro amigo, sou nos divinos Corações de J. e M.

            Seu irmão devotado

                                               Le Prevost

 




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