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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 100 - ao Sr. Levassor
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100 - ao Sr. Levassor

Providências para uma estátua encomendada em Paris. Colocação de um jovem aprendiz-alfaiate a serviço de um patrão. Pedido de ajuda para um jovem farmacêutico.

 

Paris, 14 de agosto de 1843

            Meu querido irmão,

            Teria sido feliz, escrevendo-lhe na véspera da festa de nossa muito amada Maria, de lhe anunciar que o grupo, tanto tempo desejado, está enfim a caminho para sua destinação, mas não tenho nada  a informá-lo e é com muito pesar, como pode crer. O Sr. Dubucoy está sempre na mesma disposição, mas sem  resultado algum. Na última vez que saí para vê-lo, ele tinha partido para Eu;  deve voltar somente após seis semanas, e, na sua volta, farei uma nova tentativa.

 

            Cuidei também, caro amigo, de um outro assunto que você me tinha recomendado por sua última carta que me foi remetida, como você não esqueceu, sem dúvida, por um jovem irmão saído por causa de saúde de sua Comunidade e que desejava se colocar aqui para se aperfeiçoar na profissão de alfaiate. Consegui fazê-lo entrar junto a um excelente mestre, bom cristão, que pertence à conferência S. Sulpice. Mas, o pobre menino, apesar de sua boa vontade, é tão lento e ainda tão inábil, que só pode ganhar 25 centavos por dia. É pouco demais para viver  aqui, você sabe; se abrigar, se alimentar, lavar a roupa, se vestir exigem, mesmo para o pobre menino, mais do que isso. O coitado jovem sofre muito, portanto, nestes primeiros tempos. Temos ajudado um pouco e continuaremos ajudando-o, mas nossos recursos são módicos, você sabe. Seria portanto bem essencial que você pudesse obter ao seu redor, dos que se interessam por ele, alguns pequenos recursos que lhe permitiriam aguardar o momento, aliás bastante próximo, (3 ou 4 meses talvez), quando ele puder prover inteiramente a suas necessidades. Parece bom e piedoso, seu patrão está contente com ele; seria verdadeiramente uma boa obra, a de ajudá-lo a ultrapassar esta passagem ruim.

 

            Um bom jovem chamado Mélion, que pertence à conferência S. Sulpice, acaba de chegar em Chartres, onde deve dirigir em breve uma farmácia. Gostaria de recomendá-lo a você, mas não tenho à vista o nome do farmacêutico que ele vai substituir. Esse bom jovem é cristão, nem precisa dizer, e ama os pobres. Prosseguiria com prazer na Sociedade de São Vicente de Paulo de Chartres; peço-lhe para colocá-lo em contato com nossos amigos e também para cuidar um pouco dele espiritualmente.

 

            Embora seja bom praticante, não sei com toda a certeza se as preocupações de uma situação bastante penosa não lhe teriam, nestes últimos tempos, feito descuidar um pouco seus deveres essenciais. Um tal cuidado vai bem com seu zelo, caro amigo: uma pobre e querida alma a encorajar, a aquecer um pouco, aí está sua obra de todos os dias; escrevendo-me, não deixe de me falar um pouco disso; faça também da melhor forma para o jovem alfaiate, enfim, reze um pouco por seu afeiçoado irmão em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

P.S. Dona Delatre vai mais ou menos bem. O nome desse farmacêutico é Gilbert Barrière; você teria, caro amigo, a bondade de escrever uma palavra ao Sr. Mélion para avisá-lo que o receberia de bom gosto, se isso não o incomodar demais.

 




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