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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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    • 117 - ao Sr. Myionnet
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117 - ao Sr. Myionnet124

Uma obra de aprendizes é assumida pela Sociedade de São Vicente de Paulo. É um sinal providencial para aqueles que, como o Sr. Myionnetquerem se consagrar a Deus.

 

Paris, 14 de dezembro de 1844

 

            Meu caríssimo confrade,

 

            Adiei de propósito minha resposta à sua última carta, na espera de uma solução a respeito de alguns assuntos interessantes de que se ocupa neste momento nossa Sociedade em Paris, e que pareceriam abrir-nos um caminho para começar na sombra nossa obra tão desejada. Mas como todos os arranjos não estão ainda acertados, prefiro escrever-lhe algumas palavras sem esperar mais, com a ressalva de falar-lhe logo desse assunto de maneira mais explícita.

 

            A Sociedade de São Vicente de Paulo tinha até agora, com a ajuda dos Irmãos das escolas cristãs, organizado uma obra de aprendizagem para os jovens operários que colocamos junto a artesãos honestos onde os acompanhamos, e os melhores resultados se podem esperar dela. Mas infelizmente, ou providencialmente talvez, o Superior Geral dos Irmãos julga que esta obra foge  ao espírito do Instituto do Sr. de la Salle e, com muito pesar, recusa-seautorizar seus irmãos a dirigirem-na. A Sociedade de São Vicente procura alguns homens dedicados  para se encarregarem dela, e pensamos aqui que isso pode convir àqueles dos nossos amigos que desejam consagrar-se inteiramente a Deus. Encontrariam, com efeito, uma ocasião e um pretexto para se  reunirem sem espantar a ninguém. Aliás, a obra dos aprendizes não é muito trabalhosa,   de maneira a deixar muito tempo àqueles que cuidariam dela, e nossos caros irmãos teriam todo o tempo livre de que precisariam para preparar-se no recolhimento e no retiro às santas coisas que o Senhor pode pedir mais tarde. Sua posição seria, aliás, inteiramente independente, e nenhum embaraço ser-lhes-ia imposto; a vida que teriam no interior ficaria toda escondida, pois as criançasvoltam à casa central aos domingos.

 

            Não insisto, de resto, aqui, sobre os pormenores destas disposições. Voltarei ao assunto logo, se tudo se concluir como pensamos. Mesmo contando com você, caro irmão, o núcleo precioso que seria como a semente da obra seria, como o grão de mostarda do Evangelho, a mais pequenina de todas as sementes, mas nos alegramos com isso, bem persuadidos que toda obra de Deus começa assim. Temos a confiança de que nosso bom Senhor de Angers não se recusará a autorizá-lo a se unir a nós, pois, se somos bem fracos reunindo nossas forças, o seríamos verdadeiramente demais dividindo-as.

           

            Não consigo explicar como minha carta a Monsenhor não chegou a ele, já que saiu ao mesmo tempo que a que você me confirma ter recebido. Esgoto-me em conjecturas sobre as causas que puderam desviá-la de seu destino. Repararei este acidente, escrevendo logo a seu venerável Prelado, cujos conselhos e apoio se tornarão para nós mais do que nunca indispensáveis.

 

            Não passo um só dia, caro irmão, sem colocá-lo bem intimamente nos Corações de J. e de M. Espero que, de seu lado, você tenha algumas boas lembranças para nós.

 

            Desculpe-me pela precipitação demais evidente nestas poucas linhas. Desejei que chegassem a você sem mais tardar.

 

            A você bem afetuosamente em N.S.

 

                                               Le Prevost

            Lembranças bem devotadas ao Sr. Renier

 





124 Esta carta, assim como as duas seguintes (118 e 119), é endereçada ao Sr. Renier (rua Hanneloup, Angers) para o Sr. Myionnet. Nos inícios, o doutor Renier servirá de “caixa postal” para o Sr. Myionnet, para não despertar as suspeitas de sua família sobre a vocação religiosa de Clément.





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