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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 101 - 200 (1843 - 1850)
    • 119 - ao Sr. Myionnet
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119 - ao Sr. Myionnet

O Sr. Le Prevost se prepara a recebê-lo e lhe facilita os meios de deixar sua família.

 

Paris, 10 de janeiro de 1845

 

            Meu caríssimo irmão,

 

            Sua carta tão impacientemente esperada nos encheu de alegria; desde o dia em que o vi, em que nossas almas se compreenderam tão bem diante do Senhor, me tinha sempre persuadido de que você estaria aqui, dos nossos, e que nada começaria sem você. Essa doce esperança será realizada e o Divino Mestre, que conhecia nossos votos, se dignou ouvi-los. Que  seja mil vezes bendito por isso, caro irmão, e possam os laços que ele formou se apertarem sempre e nunca se romperem. Que seu coração não ceda demais, caro amigo, aos movimentos da natureza e, se não puder fazê-los parar, que os domine pelo menos e fique seu mestre. Deus, nosso Pai, não o abandonará e se, como o Patriarca, você deixar seu país e sua família, como ele também, em uma pátria nova, você encontrará irmãos e tornar-se-á o autor de uma posteridade numerosa. Tenho confiança, após alguns momentos de saudade inevitáveis talvez, você encontrará aqui a calma e a paz. Desde este momento, ou já há muito tempo, nossos amigos estão em união de orações com você e você sentirá, espero, o efeito de suas fraternas invocações.

 

            Escrevo hoje mesmo a carta que você me pediu, que deverá chegar a seu endereço diretamente. Mantive-me em termos bastante gerais, para não sair da verdade, que não devemos ferir em nada. Você poderá facilmente, parece-me, caro amigo, ficar nos mesmos limites. Quanto à viagem à Itália126, toquei nela com uma só palavra, não achando igualmente possível me estender por esse lado, mas essa palavra será suficiente para desviar a atenção dos seus e dispô-los mais favoravelmente a deixá-lo partir.

 

            Venha logo, caro irmão, quanto antes será o melhor; quanto menos adiamentos colocar, menos combate você terá.

 

            Agradeça por mim, por favor, ao Monsenhor o Bispo de Angers por sua carta tão paterna, tão sábia, tão cheia de encorajamento; guardo-a como um tesouro precioso e os excelentes pensamentos que contém serão postos na base de nossa pequena obra como uma lembrança de graça e de bênção.

 

     Abrace por mim nosso irmão Renier, que fará parte também de nossa família e pelo qual, doravante, sinto a mais terna afeição.

 

            Esperarei de você uma nova carta logo, será a última. Adeus.

 

            Seu de coração em J.e M.

 

                                               Le Prevost

 





126 Para não inquietar sua família e preparar seus irmãos, onde trabalhava, para sua ausência, o Sr. Myionnet lhes tinha falado, de modo vago, de um projeto de viagem à Itália e os tinha prevenido para lhe acharem um substituto. Na carta seguinte (120), endereçada no mesmo dia mas diretamente ao Sr. Myionnet, o Sr. LP. alude in fine a essa viagem à Itália, isso com o objetivo provável de preparar a família Myionnet para o projeto de uma longa viagem...





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