Colocação de um jovem
aprendiz: dificuldades por causa do trabalho aos domingos. O Sr.Le Prevost e
seus irmãos não poupam seu trabalho para tomar as providências pedidas.
Paris, 27
de março de 1847
Meu caríssimo irmão,
Tenho enfim a esperança alicerçada de colocar seu protegido e, se ele puder
chegar logo aqui, acredito que achará onde se empregar. As coisas não são
favoráveis aqui para aqueles que, como o jovem Dujouquoy, foram criados
cristãmente e desejam cumprir seus primeiros deveres. Em toda a parte, a
simples condição de ter uma meia-hora no domingo cedo para ir à Santa Missa era
uma dificuldade grave, porque todos os chapeleiros têm o costume de abrir suas
lojas desde às 6 horas da manhã e de vender até as 6 horas da noite.
Conseguimos, enfim, obter essa preciosa meia-hora, mas nada mais. É uma coisa
grave, sem dúvida, que você terá, caro amigo, de examinar.
Você achou, sem dúvida, que tardávamos muito para indicar-lhe os meios de
colocar seu caro menino, mas asseguro-o, caro irmão, de que nossas buscas e
providências foram ativas e incessantes, que todos os três estávamos à procura
das ocasiões, e que eu mesmo percorri todas as lojas em que eu podia esperar
encontrar um lugar. Temos demais a peito, caro amigo, testemunhar-lhe nossa boa
vontade para descuidarmos de nada, e você sabe demais também minha terna
simpatia por suas obras para ter podido duvidar disso.
Faça nossos bem afetuosos cumprimentos a seu bom pequeno irmão Mayer e
acredite, você mesmo, caro amigo, em nosso cordial devotamento.
Seu afeiçoado irmão em N.S.
Le Prevost
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