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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 101 - 200 (1843 - 1850)
    • 180 - ao Sr. Levassor
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180 - ao Sr. Levassor

O Sr. Le Prevost informa-o de várias diligências pedidas. O mal-entendido com o Sr. Mayer está esquecido. “As verdadeiras dedicações às Obras de Deus são raras.”

 

Paris, 11 de outubro de 1847

            Caríssimo amigo,

            Vi o jovem operário que você me mandou. Dei-lhe todas as indicações que me pareceram possivelmente úteis a ele, e  entreguei-lhe uma carta  ao Sr. Ledreuille,  a fim de que obtenha, se possível, trabalhos. Ficou combinado que ele virá me ver logo que tiver encontrado alguns, para que eu possa fazê-lo admitir na Sociedade de São Francisco Xavier, no bairro onde tiver conseguido sua residência.

            Quanto ao bilhete de 50f contido em sua primeira carta, não tinha sido possível, em primeiro lugar, descobrir a pessoa designada para o pagamento, mas, numa segunda visita, fomos mais felizes, sem, todavia, estarmos mais avançados. O Sr. Sellière respondeu, com efeito, que já tinha recebido dois bilhetes semelhantes a esse com que você foi presenteado, além de uma carta que o avisava para não pagar na apresentação de nenhum dos três, que, por conseguinte, ele não daria os fundos antes  que uma carta especial o tivesse autorizado a fazê-lo em favor de um dos três pretendentes.

            Essa resposta me pareceu tornar bem suspeito o valor de seu título; mesmo assim, mando-o de volta a você, caro amigo, para que pense em aproveitá-lo o melhor possível.

            Procurei por todos os lados um jovem que lhe conviesse para suas obras de Chartres. Não vejo ninguém até agora; as verdadeiras dedicações são bem raras e as obras de Deus não podem andar sem essa mola. Tenho, é verdade, um antigo professor que não leciona (sem diploma, com uns cinqüenta anos, um pouco menos, acho), do qual você poderia tirar proveito, se tivesse alguma outra pessoa com ele. Ele é bom cristão, de bom comportamento, bem sucedido com as crianças e ensina bem. O Sr. Pároco de São Sulpício o conhece e se interessa por ele. Veja, caro amigo, o que pensa disso. Quanto ao jovem da Escola Normal, não pode doar-se nem a você nem a nós, pois  tem com a Universidade um compromisso de 10 anos, que deve necessariamente respeitar.

            Confirme ao Sr. Mayer  nossa boa e sincera afeição. Nossos pequenos mal-entendidos são tão pouco consistentes e são, aliás, já tão velhos que, na verdade, não há nada para fazer com eles, a não ser apagá-los por um bom e cordial aperto de mão; é o que fazemos, contando bem que, na sua próxima viagem a Paris, nosso jovem Confrade virá nos assegurar de que nos conserva sempre benevolência e afeição.

            Adeus, caríssimo amigo, reze sempre por nós; nosso eremitério de Grenelle nos proporciona um pouco de recolhimento e de paz, mas nossa vida ainda está tão movimentada, que a oração de nossos bons amigos nos é bem necessária; rezamos, de nosso lado, por você e pelo sucesso de seus empreendimentos caritativos. O mundo tem necessidade de tal socorro.

                                   Le Prevost

            N.B. --- Não obstante a falta dos fundos a conseguir do bilhete que lhe mando de volta, pagarei os Annales e sua Revista, se o desejar, claro. Uma palavra em sua resposta sobre esse assunto

 




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