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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 201 - 300 (1850 - 1855)
    • 233 - ao Sr. Myionnet
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233 - ao Sr. Myionnet

Diligências para o pessoal doméstico. Devoção marial: Maria é fonte de graças para a Comunidade. O Sr. Caille se prepara para pronunciar seus votos.

 

Duclair, 6 de setembro de 1852

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Propunha-me voltar para vocês amanhã terça-feira, pois tenho pressa de pôr fim a um repouso que me afasta de nossa querida Comunidade e de nossos trabalhos; mas indicaram-me uma doméstica que pareceria poder convir para nossa casa179. Creio dever atrasar um dia ou dois minha volta, para assegurar-me se encontraríamos nela o que nos é preciso. É uma antiga doméstica de minha irmã, que havia-se casado e que ficou viúva. Tem dois filhinhos, um de 7 anos, outro mais novo; minha irmã acha que ela assumiria de bom grado nosso serviço, se quiséssemos que fosse acompanhada de seus dois pequenos órfãos. É uma mulher firme, trabalhadora e de confiança, que conheço muito, por tê-la visto durante uns quinze anos na casa de minha irmã. Acho que seria uma boa aquisição; seus dois meninos, que são muito gentis, não nos atrapalhariam, o maior acompanharia os exercícios dos nossos, o mais novo poderia passar seus dias no asilo que está em nossas cercanias. Não vejo inconveniente grave nesse projeto, mas ainda não sei  se essa mulher se decidirá a vir a Paris; minha irmã vai de propósito a Rouen para vê-la e propor-lhe essa condição. Na minha chegada, lhe direi se essa combinação é ou não praticável; partirei daqui sexta-feira cedo e chegarei junto de vocês à tarde.

 

            Sinto muito não poder assim solenizar com vocês a amável festa da Natividade e fazer  a adoração noturna que deve encerrá-la; daqui estarei em união com vocês, em todos os momentos do dia, e partilharei de coração todos os seus exercícios. Cuide bem, caro amigo, para que todos os nossos irmãos se preparem de antemão, da melhor forma possível, para bem celebrarem o nascimento de nossa bem-amada Mãe, a Santíssima Virgem, lembrados de que a ela é, depois de Jesus nosso divino Salvador, que devem todas as graças gerais e particulares que receberam. Acho que, sobretudo na vigília, as leituras, os colóquios, as ocupações e o espírito deveriam ser orientados para esse assunto; as festas bem preparadas trazem à alma bênçãos muito abundantes.

 

            Nosso irmão Caille virá para o encerramento de nosso retiro, para  firmar seus compromissos conosco. Está somente triste por esse limite por demais restrito de três anos e temia que tivéssemos alguma dúvida sobre o futuro, sendo que estávamos tão pouco corajosos para dispor dele. Expliquei-lhe que, no fundo do coração, o compromisso seria perpétuo, mas que,  para ficar fiel aos costumes e às regras da prudência, precisava tomar laços temporários, antes de ligar-se irrevogavelmente. Vou, na minha volta, rever o R. Pe. de Ponlevoy para o nosso retiro; gostaria que você pudesse tomar oito ou dez dias de repouso, durante os quais você recolheria sua alma e faria seu retiro, pois, parece-me impossível, ou bem difícil ao menos, que deixemos todos juntos a casa. Você viria reunir-se a nós com o Sr. Caille para o encerramento; veremos, aliás, se existe alguma melhor combinação.

 

            Adeus, meu caríssimo amigo, dentro de três dias, se o Senhor o permitir, estarei no meio de vocês. Assegure todos os nossos irmãos de meu terno apego e receba, você mesmo, o afetuoso abraço de

            Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

            Peça ao irmão Paillé para entender-se com o Sr. Muffang, para preparar a reunião da Santa Família; deve-se particularmente pensar no padre para a missa, no altar que precisa ser montado, no orador, no organista de quem o Sr. Maldiney deve ter cuidado com o Sr. Derennes, organista de Saint Sulpice, na ausência do Sr. Tardif.

 

            Teria gostado que pudéssemos ter nossa nova capela180 para o fim do retiro, para fazermos  nela nossos exercícios a partir desse momento. Nosso irmão Maignen pode adiantar um pouco as obras? Simplicidade, piedade, isso basta; tem-se a permissão do Sr. Eglée?

 

 





179 A Sra. His, e seus filhos, Félix e Albert.



180 A casa da rua de lArbalète, mais vasta do que a de Grenelle, havia-se tornado a sede da Comunidade. É da capela da rua de lArbalète que o Sr. LP. fala aqui.





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